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Dois caminhos: Fé e Razão

December 29, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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Essas duas palavras historicamente antagônicas, estão profundamente relacionadas , principalmente no que tange o acesso do homem à Deus.

Na bíblia, a palavra “fé” é a tradução de pistis, termo grego que caracteriza a disposição interior de uma pessoa confiar em outra (fé), e também a virtude de alguém em quem se pode confiar (fidelidade). O termo combina os dois conceitos, de maneira que, quando aplicado a Deus, envolve tanto confiar nele como ser fiel a ele. A fé gera um comprometimento daquele que crê, com a vontade de Deus, pela fidelidade.

Razão, no sentido abordado nesse estudo, é a faculdade de conhecimento intelectual humano, a capacidade de pensar e raciocinar por meio de argumentos e de abstrações.

Assim, podemos dizer que a fé se apoia no princípio da confiança, e a razão se apóia no raciocínio. Esses dois princípios são parâmetros de escolha e decisão para o ser humano. podemos chegar a uma conclusão por meio do raciocínio lógico ou pela confiança em algum fato.

Por exemplo: quando estamos dirigindo um carro, nosso raciocínio está em constante operação enquanto observamos as ruas, os sinais de trânsito, os outros carros e os pedestres. Estamos decidindo a todo momento o que fazer e para onde ir. Por outro lado, a confiança também está em ação, pois confiamos que a pisarmos no pedal do freio o carro vai parar, ao virarmos o volante o carro corresponderá ao movimento, e assim por diante.

  • A razão se apoia na avaliação das informações e do conhecimento acumulado.
  • A confiança (em algo) se apoia na capacidade que do objeto tem de realizar sua função.

Se aplicarmos esses dois conceitos ao nosso relacionamento com Deus, perceberemos que o primeiro o limita e o segundo o exalta. Isso acontece pelo fato da razão humana se apoiar no conhecimento humano, que desde a origem da humanidade foi corrompido pelo fruto da árvore proibida, comprometendo a capacidade humana e pensar e avaliar corretamente as questões espirituais.

Deus criou o homem como um ser pensante, capacitado a usar plenamente seu poder intelectual em conformidade com a vontade divina. Quando, porém, o homem comeu do fruto do conhecimento do bem e do mal (o qual Deus ordenou que ele não comesse), ele trouxe para si um terrível problema: o conhecimento do mal corrompeu o seu conhecimento humano e afetou a base para o raciocínio. O caminho do homem passou a ser o caminho da razão, o do entendimento, o do intelecto, o de conhecer o certo e o errado e , baseado no seu próprio julgamento, independente de Deus, escolher o que melhor lhe satisfaz. Por isso o uso exagerado do raciocínio nas questões espirituais é de pouca valia e até mesmo confunde os resultados. É impossível conhecer a um Deus santo e infinito por meio do raciocínio lógico humano limitado e corrompido. É impossível chegar a Deus por esse caminho.

Por outro lado, a fé se apoia na confiança de que Deus é bom e capaz de realizar todas as suas promessas. Ao passo que a razão se apoia na capacidade intelectual humana, a fé se apoia na capacidade de Deus ser o que ele é.

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hebreus 10:19-20)

Este novo e vivo caminho apela para nossa fé e não para nossa mente., pois diz “…em plena certeza de fé”, e não de entendimento. Aqueles que querem se relacionar com Deus, que desejam intensamente sua presença, podem ter comunhão com Deus pela fé na preciosa obra que Cristo realizou.

Jesus disse:

  • “Se alguém quiser vir após mim…”
  • “Quem quiser salvar a sua vida…”
  • “Quem tem sede venha a mim e beba…”

É uma questão de decisão. A palavra apela para a nossa vontade; e as portas se abrem mediante a fé. (Não podemos ir adiante pelo caminho do raciocínio).

As vezes quando chegamos para adorar a Deus, nosso entendimento nos faz observar as circunstâncias, analisar a palavra que foi ministrada, ouvir as orações, os cânticos e então raciocinar para saber o que devemos fazer, como devemos orar, louvar e adorar. Na verdade estamos identificando o certo e o errado, para então escolher um caminho ou outro. Isto é andar segundo o fruto do conhecimento do bem e do mal.

No entanto, basta crer e entrar. A obra perfeita de Jesus na Cruz foi suficiente para cobrir todos os nosso pecados e nos dar acesso ao Santíssimo Lugar. Pela fé nossos corações são “purificado de má consciência” e nosso corpos são “lavado com água pura”. Assim podemos “com intrepidez”, podemos entrar “sem vacilar”, não por que deciframos a maneira de entrar ou analisamos nossa condição e decidimos que podemos fazê-lo, ,as por que cremos que “quem fez a promessa é fiel”

Todo o caminho até Deus é pela fé. Ouça o Senhor no silêncio do seu coração. Obedeça a Sua voz. e siga em frente.

Recursos Logos Utilizados

  • Ferramenta de Pesquisa
  • Sociedade Bíblica do Brasil. (1999). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (Eph 6:10–20). Sociedade Bíblica do Brasil.
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Filed Under: Estudo Bíblico

Discípulos ainda são discípulos

November 30, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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Mateus 4:18-22 Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. Indo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Eles estavam num barco com seu pai, Zebedeu, preparando as suas redes. Jesus os chamou, e eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o seguiram.

Mateus relata o início do ministério de Jesus como uma luz que começava a brilhar em meio às trevas (v12-17). Logo em seguida, descreve como essa luz começou a atingir as vidas dos homens apresentando-nos os chamados de Pedro e André, Tiago e João para serem seus discípulos. Esse fato é muito interessante, pois mostra que os discípulos estavam com Jesus desde o início, imediatamente depois que ele começou a proclamar o Reino dos Céus (sinônimo para Reino de Deus). Eles estavam lá como testemunhas da sua atividade, como ouvintes de sua mensagem, como os primeiros dos futuros Apóstolos.

Desde o momento do chamado, Jesus já lhes indicou qual seria o seu propósito: serem pescadores de pessoas. Eles se tornariam seus enviados a todas as nações (28:19–20) para estabelecer o Reino de Deus. Por meio do testemunho dos discípulos, muitas nações seriam alcançadas para o Senhor, formando sua preciosa Igreja. Desta forma, o início do ministério de Jesus é, ao mesmo tempo, o início da história da Igreja.

No restante do seu Evangelho, Mateus falará desses que foram chamados logo no início, não como “apóstolos” (somente no 10:2), mas como “discípulos” (μαθητής, seguidor), pois sua intenção era que àqueles que estivessem lendo seu evangelho, se identificassem com essas pessoas durante a leitura. Para Mateus, os leitores de seu evangelho também eram discípulos e deveriam aprender com os primeiros discípulos de Jesus e com seu relacionamento com o Mestre.

Além disso, o termo μαθητής é usado para identificar a pessoa com a comunidade de Jesus, ou seja, com a Igreja. Aqueles que pertenciam à comunidade eram discípulos e aqueles que eram discípulos, necessariamente pertenciam à comunidade.

O mesmo acontece com o termo “siga-me” (ἀκολουθέω). Não eram somente os primeiros discípulos que deveriam seguir a Jesus, mas também todos os que fossem chamados depois deles: “o siga-me” era um chamado para um relacionamento pessoal com Jesus. Por isso ele reforça ao final da narrativa que, mesmo depois de subir aos céus, Jesus “estará presente todos os dias, até o final dos tempos” (Mt 28:20), tornando possível tal relacionamento.

Esse chamado também distinguia os discípulos da multidão de pessoas que recorriam a Jesus. A multidão (ὄχλοι) tinha características muito diferentes. Embora sempre houvesse uma multidão ao redor de Jesus, as pessoas que a compunham sempre eram diferentes, dependendo do lugar e da ocasião. A multidão buscava a Jesus por causa dos sinais, das curas, dos pães e dos ensinamentos. Não eram pessoas que haviam deixado tudo para seguir a Jesus e servi-lo.

Os discípulos, por sua vez, eram chamados para acompanhá-lo (ἀκολουθέω) e servi-lo. Iam com Jesus por toda parte. Por isso, precisavam estar dispostos a deixar as redes, os barcos, e tudo o mais para seguir o Senhor. É importante percebermos que mesmo posteriormente, a Igreja que surgiu no Pentecostes era uma igreja de discípulos, que continuavam a seguir a Jesus na pessoa do Espírito Santo.

Por isso, do mesmo modo como Jesus chamou seus primeiros discípulos para deixarem tudo e segui-lo, ele chama a cada um de nós hoje, convocando-nos em meios às nossas atividades profissionais e às nossas famílias para sermos seus discípulos. Todas as coisas que nos cercam devem perder seu brilho e sua influência, cedendo posição para a chegada do reino de Deus em nossas vidas, diante do chamado do Senhor.

Recursos Logos utilizados

  • Ferramenta de pesquisa.
  • Barry, J. D., Heiser, M. S., Custis, M., Mangum, D., & Whitehead, M. M. (2012). Faithlife Study Bible. Bellingham, WA: Logos Bible Software. (recurso gratuito do Software Logos)
  • Luz, U. (2007). Matthew 1–7: a commentary on Matthew 1–7. (H. Koester, Ed.) (Rev. ed.). Minneapolis, MN: Fortress Press. (gratuito no site Logos até 30/11/15).
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Filed Under: Devocionais, Estudo Bíblico

Se Ouvirem a Sua Voz

November 4, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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oracao01Hebreus 3:7-8 “Assim diz o Espírito Santo: Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto”.

Quando Deus libertou o povo de Israel da escravidão no Egito, ele os conduziu pelo deserto até a terra de Canaã, que ele tinha prometido a Abraão e seus descendentes. Apesar de terem visto muitos milagres de Deus na jornada, quando os israelitas chegaram ao seu destino, eles não confiaram que Deus realmente lhes entregaria a terra prometida e ficaram com medo dos povos que habitavam ali. Eles endureceram seus corações e não quiseram entrar, ameaçando apedrejar Moisés, Arão, Josué e Calebe, que pretendiam avançar. Essa atitude de desconfiança foi um ato gravíssimo, pois questionou o caráter de Deus e sua capacidade de cumprir suas promessas. Eles provocaram a ira de Deus, e como consequência, foram obrigados a retornar ao deserto e peregrinar por mais trinta e oito anos, até que todos os incrédulos tivessem perecido e uma nova geração pudesse tomar Canaã.

A Promessa do Espírito Santo

No texto que abre esse capítulo, o Espírito Santo traz para os dias de Hoje o perigo de endurecermos nossos corações para as promessas de Deus, pois estamos diante de novas e mais preciosas promessas e não podemos permitir que a incredulidade tome conta de nós e nos afaste delas, como aconteceu com os israelitas no deserto. Um aspecto interessante desse alerta é que uma das promessas mais esquecidas, ou negligenciadas, em nossos dias diz respeito exatamente ao Espírito Santo.

Jo 14:16-17 E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês.

At 1:4-5 Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: “Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo”.

At 1:8 Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.

At 2:1-4 Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.

A promessa do Espírito Santo vem desde as páginas do Antigo testamento, permeia os evangelhos, se cumpre no livro de Atos e atinge cada um de nós na atualidade. Os que recebem o Espírito Santo nascem de novo e são revestidos com um poder tremendo, que transforma a vida e capacita a manifestar dons espirituais e proclamar o evangelho com ousadia. Cada um de nós precisa “entrar” nessa promessa.

At 2:39 Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar.

Não é possível viver a vida cristã sem o fluir constante do Espírito de Deus. Será difícil, penoso e não haverá descanso, pois não há poder em nós capaz de impulsionar o tipo de vida estabelecido nas Escrituras. Mas Deus é poderoso para fazer muito mais do que pensamos, pois ele é incomparável, sua grandeza é suprema.

Ef 1:18 Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força. Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais.

Para expressar grandeza desse poder, Paulo toma como base a ressurreição de Cristo dentre os mortos: Jesus já estava morto a três dias, mas quando o poder de Deus operou nele de tal forma que ele ressuscitou dentre os mortos com um corpo transformado, um corpo capaz de aparecer e desaparecer, travessar paredes e portas fechadas. E mais do que isso, o elevou ás regiões celestiais, fazendo-o assentar-se à direita de Deus. Esse poder que operou em Cristo, é o mesmo poder de Deus comunicado à nós quando recebemos o Espírito Santo. Por esse poder somos salvos! Ele, no entanto, não é para todas as pessoas, pois o texto diz que esse poder é para nós, “os que cremos”. É pela fé que recebemos o Espírito, confiando em Deus que fez a promessa. É por pura graça, sem que seja necessário qualquer merecimento ou preparação. É um dom, um presente de Deus para os que creem. Esse fato é importantíssimo, pois se é uma promessa, requer fé naquele que prometeu. E se requer fé, não podemos ser tomados pela incredulidade como os antigos israelitas.

O primeiro aspecto dessa fé e crer que nós, que somos filhos de Deus, temos o Espírito Santo. Ele está em nós! Não deve haver qualquer tipo de dúvida sobre esse fato, pois “a promessa é para todos” e “se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” .

1Co 3:16 Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?
O segundo aspecto dessa fé diz respeito à operação do Espírito em nós. Ou, sendo mais específico, à percepção e manifestação de sua presença em nós. Pois ele não veio habitar em nós para ficar dormente, mas ativo. Mesmo sabendo que o Espírito Santo habita em nós, devemos pedir a Deus que derrame sobre nós uma medida transbordante que manifeste em nós sua virtude e seu poder, crendo que ele realmente nos concederá mais.

Lc 11:13 Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem o pedir!

As palavras que usei em itálico no parágrafo anterior tem um significado muito especial, pois precisamos crer que o Espírito Santo está em nós e pedir que Deus derrame mais desse mesmo Espírito sobre nós, crendo que ele assim o fará. Então, peça com fé e receba! Ao receber agradeça a Deus. Abra a sua boca e glorifique ao Senhor! Ao começar a perceber a doce presença do Espírito de Deus seu coração solte sua voz e glorifique o Senhor com cânticos espirituais por causa desse precioso presente. Sua gratidão deve ser tão grande quando o presente que você recebeu!

Ef 5:18-21 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem- se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Você ficará leve pela graça de Deus, seu interior será confortado pelo seu amor, e seu espírito perdoado e livre dos seus pecados, exaltará o nome de Jesus! Por isso, “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração”. Rendam-se ao Senhor e desfrutem da paz do gozo, da alegria e do poder de ser cheio do Espírito de Deus.

Recursos Logos Utilizados

  • Bíblia de Estudo de Almeida
  • Ferramenta de Pesquisa
  • Guai de Passagens Bíblicas
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Filed Under: Devocionais, Estudo Bíblico

Perseverar no Senhor

October 2, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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house-rockRm 5:3-5 E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Este texto da carta aos Romanos mostra que devemos nos gloriar quando passamos por tribulações, pois elas dão início a uma seqüência que renova em nós a esperança da glória de Deus.

Quando estamos no Senhor e as tribulações vem sobre nós, o Espírito Santo produz em nós perseverança, ou seja , a capacitação para permanecermos firmes no Senhor a toda prova. Perseverando em meio a tribulação é produzida a experiência. Não meramente uma experiência circunstancial da qual se diz: ” Ah…. Já passei por isso, agora posso aconselhar outros.” , mas sim uma experiência com o Senhor em meio a tribulação, onde ele nos concedendo paz, consolo, edificação, provisão, vitória, etc. E finalmente, quando experimentamos do Senhor e meio a tribulação, a nossa esperança se renova, somos edificados e podemos ir adiante no caminho, cheios do Espírito Santo.

A sequencia é a seguinte:

TRIBULAÇÃO → PERSEVERANÇA → EXPERIÊNCIA → ESPERANÇA

É por esse motivo que Paulo nos diz que a tribulação produz em nós “eterno peso de glória”.

Esse tremendo princípio operava profundamente na vida da igreja primitiva (e por ser um princípio, opera ainda hoje). A Igreja que vemos na Bíblia era cheia de esperança, cheia de experiências com o Senhor e cheia do Espírito Santo (em fruto e dons ). O Sobrenatural operava freqüentemente na vida deles. Veja alguns exemplos:

  • Pedro e João na porta Formosa – At 3:1-9
  • O tremor no templo – At 4:31
  • Enfermos eram curados – At 5:12-16
  • Um anjo liberta Pedro e João – At 5:18-20
  • Pedro é solto milagrosamente – At 12:5-11
  • Filipe é trasladado – At 8:39-40
  • Paulo e Silas soltos dos grilhões – At 16:25-26

Existem muitas outras passagens onde podemos constatara operação do poder de Deus entre nossos primeiros irmãos. É importante observarmos também que, apesar dessas grandes manifestações de poder sobrenatural, a igreja bíblica era muito perseguida e enfrentava constantes dificuldades e provações.

At 8:1 Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samária.

At 12:1-3 Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, continuou.

A perseguição era real. Eles precisavam se reunir escondidos e, muitas vezes, os guardas dos sacerdotes judeus entravam pelas casas prendendo os irmãos. Alguns morriam pela espada, outros morriam enforcados e ainda outros (na época de Nero, em Roma) eram lançados na arena dos leões.

Agora vem a pergunta: Qual a ligação entre estas duas características da igreja (perseguição e esperança)?

A resposta está exatamente no princípio do qual estamos falando: Eles perseveravam em tudo no Senhor! O princípio de Rm 5:3-5 estava sendo diretamente aplicado na vida de cada um deles.

Em Mateus 7:24-25, vemos o exemplo mais claro do que é a perseverança:

Mt 7:24-25 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.

A casa sobre a Rocha é a figura da perseverança: vieram os ventos , as águas , mas ela permaneceu firme, pois estava edificada sobre a rocha (a pratica da palavra).

A palavra usada no texto grego é proskartereō, que segundo o “Theological Lexicon of The New Testament” significa permanecer firme, permanecer fiel a uma pessoa ou a uma tarefa, constância, diligência, persistência. Esta era a notória atitude da igreja primitiva em face as tribulações:

At 2:42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Esse texto mostra que a perseverança da Igreja era aplicada em quatro aspectos principais:

1) Na doutrina dos apóstolos

Eles permaneciam fiéis aos ensinamentos dos apóstolos, às bases firmes da doutrina de Cristo, aos fundamentos da fé ( Hb 6:1-2 ). Eles não negavam nem questionavam os ensinamentos, mas procuravam aprender, dedicando-se ao estudo da palavra, a compreender as verdades de Deus. E assim, porque eles perseveravam na doutrina, o Espírito Santo lhes proporcionava revelação da Palavra e experiência, de modo que o plano de Deus para eles era simples e claro.

2) Na comunhão

Eles estavam sempre juntos, reunidos nas casas e no templo. Havia um relacionamento intenso entre os discípulos, que comiam juntos, frequentavam as casas uns dos outros, amavam uns aos outros, oravam uns pelos outros. Eles se dedicavam a isso, se empenhavam nisso, e o Espírito Santo enriquecia os relacionamentos produzindo experiências tremendas como a de Pedro que foi libertado da prisão e imediatamente procurou os irmão que oravam por ele. ( At 12:12-17 )

3) No partir do pão

Partir o pão era muito mais que dividir o alimento, pois repartiam tudo o que tinham. Ninguém passava fome, ninguém era rico ou pobre (tinham tudo em comum). Ninguém considerava seu aquilo que possuía, mas do Senhor. E eles perseveravam também nesta questão, de modo que o Senhor cuidava de todos, e não deixava que houvesse nenhum necessitado entre eles. (At4:31-37)

4) Nas orações

Perseverar nas orações não é “orar eventualmente”, ou quando aparecer uma situação difícil, estamos falando de uma vida de oração, que não desiste apesar do passar do tempo. É orar pedindo, orar agradecendo, orar para conhecer a vontade de Deus, orar para ser cheio do Espírito, se entregar a Deus em oração. Veja alguns exemplos:

  • Após se converter, Paulo se pôs em oração – At 9:11
  • Cornélio estava orando e o Senhor enviou Pedro – At 10:30
  • Pedro estava orando e teve visão do lençol – At 10:9
  • Oravam em todo lugar – At 16:3
  • Oravam para que as pessoas recebessem o Espírito Santo – At 8:14-15
  • Oravam antes de enviar os apóstolos – At 13:2-3

Como conseqüência dessa atividade de oração, o Espírito Santo operava sinais e prodígios através deles, concedia revelação, entendimento, profecias, curas, livramento, provisão e tudo mais.

Assim, vemos o princípio de Rm 3:3-5 aplicado na vida da igreja primitiva:

TRIBULAÇÃO → PERSEVERANÇA → EXPERIÊNCIA → ESPERANÇA

O Capítulo 29 do livro de Atos está sendo escrito em nossos dias e, tal como nossos primeiros irmãos, precisamos perseverar no senhor para experimentar seu  poder capacitando a Igreja a viver com esperança em um mundo em trevas.

Recursos logos Utilizados:

Spicq, C., & Ernest, J. D. (1994). Theological lexicon of the New Testament. Peabody, MA: Hendrickson Publishers.

Sociedade Bíblica do Brasil. (1999). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil.

 

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Filed Under: Devocionais, Estudo Bíblico

Para Estar com Jesus

September 26, 2015 by Ricardo Meneghelli 1 Comment

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eus não criou o homem para viver só. Desde o início Ele desejou que o homem vivesse em família, gerando assim seu primeiro círculo de relacionamentos. Por isso, todos nós dependemos uns dos outros de diversas maneiras. Nossas vidas são transformadas e moldadas umas às outras, em maior ou menor grau, pelos relacionamentos que temos com outras pessoas.

Jesus sabia disso, e conduziu seu ministério na terra, desde o início, chamando pessoas para um intenso relacionamento com Ele. Isso pode ser percebido em diversas passagens das Escrituras pelo emprego dos termos “vinde após mim”, “siga-me” e “meu discípulo”. Esses termos demonstram o tipo de relacionamento para o qual ele chamava as pessoas:

Mateus 4:19 Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. (ACF)

Marcos 8:34 E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.

Lucas 14:27 Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.

O modo com esses termos são empregados no Novo Tentamento tem muito a nos ensinar. Vamos observar um pouco mais de perto cada um deles:

  • “Após mim” (opiso mou): significa atrás, depois, após mim. No contexto bíblico, quando associado a Jesus, significava andar por onde Ele andava, participar da vida e da comunhão dos sofrimentos Dele. Era um chamado ao serviço e à obediência, abandonando os vínculos anteriores para segui-lo.
  • “Seguir” (akoloutheo): significa ir para algum lugar com outra pessoa, ir atrás de alguém, seguir. Essa palavra aprece 60 vezes nos Evangelhos e 10 vezes no restante do NT. Nos lábios de Jesus, freqüentemente aparece como imperativo, quando chama os discípulos – “segue-me”. A resposta ao “vinde após mim” é o “seguir”. Ela indica a ação de uma pessoa que responde ao chamado de Jesus para um discipulado decisivo e íntimo.
  • “Discípulo” (mathetes): significa aprendiz, aluno, discípulo. Refere-se a alguém que se associa a outra pessoa para adquirir conhecimento teórico e prático. Essa palavra aparece 264 vezes no NT, exclusivamente nos Evangelhos e em Atos. Nesse contexto, o seu uso clássico no sentido de “aluno” ou “estudante”, não se acha. Um discípulo de Jesus era alguém que havia atendido ao Seu chamado e se colocado em total sujeição a Ele. O discípulo se apegava ao Mestre para aprender a cumprira vontade de Deus e cooperar com o seu reino. Por isso o discípulo tinha, literalmente, que seguir a Jesus, ou seja, abandonar tudo e ir atrás Dele, viver com Ele.

Devemos também considerar que mathetes é uma palavra grega que era usada numa cultura judaica. Nesse contexto, o discípulo desejava não somente aprender, mas ser como o seu mestre. Não havia um relacionamento mestre-aluno, e sim senhor-servo.

  • Josué era servo de Moisés (Ex24:12),
  • Eliseu era servo de Elias (1Re19:19),
  • Geazi era servo de Eliseu (2Re4:12),
  • Baruque era o servo de Jeremias (Jr32:12-13).

Desse modo, vemos que os discípulos de Jesus tinham plena consciência de que eram servos do kyrios (Senhor). Dai podemos ver a natureza e a intensidade do relacionamento que eles tinham. Podemos dizer que:

um discípulo era alguém que havia atendido ao “vinde após mim” de Jesus e deixado tudo passando a “seguir” seu novo Senhor num íntimo relacionamento com ele.

Mc 3:13-14 Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar

Lc 8:1 Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele.

Algum tempo depois do início do Ministério de Jesus, já havia um grupo de pessoas que o acompanhavam por toda parte. Ele, então, escolheu doze deles para um relacionamento ainda mais próximo, para que estivessem come ele e os enviasse a pregar. Assim, por toda parte onde Jesus andava, os doze estavam com ele. Eles viram seus milagres, ouviram seus ensinamentos, participaram de seus conflitos e perseguições, presenciaram sua angústia e sua alegria, viram-no chorar pela morte do amigo querido, e contemplaram seu sofrimento e agonia até a morte na cruz. As marcas desse envolvimento pessoal foram tão fortes, que mesmo depois da morte de Jesus eles permaneceram apegados a ele e não conseguiam suportar a tristeza de sua ausência. Só se alegram novamente, e de forma extrema, quando o viram ressuscitado e tocaram em suas feridas.

Isso também é o que Ele espera de todos nós hoje. Um relacionamento íntimo e intenso com ele. Em nossa rotina diário, precisamos trabalhar, estudar, arrumar a casa, levar crianças a escola, cuidar de enfermos, viajar, tomar decisões e muitas outras coisas. Mas, se em meio a tudo isso, quisermos seguir o caminho correto, precisamos que desenvolver relacionamento e comunhão com Jesus. É nesse relacionamento que aprendemos a ouvir a voz do Pastor. Aprendemos a identificá-la, reconhecê-la em meio a tantas outras que nos cercam e obedecê-la. Talvez por isso, antes de subir aos céus, Jesus lhes tenha feito uma de suas mais preciosas promessas:

Mt 28:20b “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

Recursos Logos Utilizados

  • Estudo de Palavras Bíblicas
  • Ferramenta de Pesquisa
  • Strong, J. (2002). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil.
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Filed Under: Devocionais

O Fruto do Espírito

September 2, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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frutoGl 5:22-23 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

A expressão “o fruto do Espírito” (ho karpos tou pneumatos) é uma metáfora usada por Paulo para descrever as virtudes que expressam as realidades da vida em Cristo. Essas virtudes s]ão características do caráter do próprio Senhor jesus e são comunicadas a seus discípulos pela presença interior do Seu Espírito. Elas são apresentadas como nove componentes de um único fruto: “amor, alegria, paz, paciência, bondade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Não que cada um deles seja um fruto, mas todos juntos forma “o” fruto.

Essa a única passagem em que Paulo menciona o “fruto do Espírito”. Ele o apresenta em contraste com as obras da carne (Gl519-21), contrapondo carne e espirito, obras e fruto: a natureza humana pecaminosa produz obras más, mas a presença do Espírito Santo em um discípulo produz, como resultado, o Seu fruto. O fruto do Espírito está ligado à nova maneira de viver proporcionada aos filhos de Deus pela habitação interior do Espírito e liberta a pessoa do domínio da carne, anulando suas obras. Assim, essas nove virtudes compõem o genuíno caráter cristão, um tipo de vida que emana diretamente de Deus:

1. Amor (Agapē). A mais importante, o amor, fica no topo da lista. Esta ênfase também está presente em 1 Coríntios 13, o “capítulo do amor”. Em Romanos, Paulo diz que o “amor cumpre a lei” (Rom 13:10), é algo prático. É uma ação de se doar em benefício dos outros, não necessariamente uma emoção. O melhor exemplo de tal amor é a auto-doação de Cristo na Cruz (Gal 02:20; Efésios 05:25).

2. Alegria (Chara). É natural vermos o amor como uma característica de Deus, mas normalmente não pensamos Nele como um ser alegre e fonte da verdadeira alegria. No entanto, a alegria é fruto do Espírito de Deus, vem de Deus, e por isso que podemos ser pessoas alegres e dizer: “A alegria do Senhor é a nossa força”.

3. Paz (Eirēnē). A vida cristã genuína demonstra a paz de Deus, que é comunicada a cada um de seus filhos (Rom. 5:1). A verdadeira paz bíblica só pode ser entendida de acordo com o contexto hebraico de shalom/šālôm, que significa bem-estar, saúde, prosperidade, segurança, amizade e salvação. Ela está presente por causa da presença de Deus e do seu favor para com seu povo. (O termo grego eirēnē, é limitado e, na literatura grega clássica, significa pouco mais do que ausência de guerra)

4. Paciência (Makrothymia). A paciência é um valor positivo, que envolve firmeza e poder de permanência. É uma calma emocional que retarda a ira. Paciência, ou longanimidade, também é uma qualidade de Deus (Sl 103:8).

5. Benignidade (Chrēstotēs). É a atitude de gentileza ou benignidade, é colocar o amor em ação e fazer o bem. A benignidade é uma qualidade graciosa de Deus em sua ação para com os pecadores (Rom 2:4; Ef 2:7; Tit 3:4).

6. Bondade (Agathōsynē). Bondade, inclui a idéia de generosidade, mas centra-se na excelência moral. Fung afirma que “a bondade é uma atitude generosa, que denota a felicidade em fazer muito mais do que lhe é exigido” (Fung, 268).

7. Fidelidade (Pistis). o termo “pistis” pode significar “fé” ou “fidelidade”. Como o contexto denota qualidades éticas, deve-se esperar que “pistis” indique uma qualidade ética também: a fidelidade. Uma vez que Deus é fiel (Rom 3:3), seu povo também deve ser fiel.

8. Mansidão (Praütēs). Esta qualidade combina força e mansidão, denotando que a força está sob controle. É o oposto da rebeldia e está a uma disposição de humildade e sujeição à vontade divina.

9. Domínio próprio (Enkrateia). Este último termo é especialmente importante, pois como fruto do Espírito, o domínio próprio implica em um controle sobre os impulsos carnais potencializado pela habitação interior do Espírito de Deus.

Concluindo, podemos constatar que a vida cristã, em sua conduta moral e ética, só é possível ser vivida pelo poder do Espírito Santo e nenhum esforço humano de aperfeiçoamento próprio pode produzir características espirituais. As virtudes de um discípulo são produzidas pelo Espírito de Deus e, por isso, o principal “esforço”, de um discípulo deve ser “encher-se do Espírito”

Ef 5:18-20 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Rm 8:13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se, pelo Espírito, mortificardes as obras do corpo, certamente, vivereis.

Recursos Logos utilizados:

Sociedade Bíblica do Brasil. (1999). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (Ga 5:22–23). Sociedade Bíblica do Brasil.

Geddert, T. j (1992). Paz. Em J. B. S. & verde McKnight (EDS.), Dictionary Of Jesus and the Gospels(p. 604). Downers Grove, IL: InterVarsity Press.

Hawthorne, G. F., Martin, R. P., & do Reid, d. G. (Eds.). (1993). Dictionary Of Paul an his Letters (PP. 318-319). Downers Grove, IL: InterVarsity Press.

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Salvos pela Fé – Parte 2: A Aplicação

August 20, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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Resurrection_300pxJoão 14:1 Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.

A “nossa fé” é, essencialmente, uma fé em Jesus! Ela tem origem na pessoa de Jesus e também está direcionada a ele. Não apenas nos fatos, mas principalmente no próprio Jesus, pois crer na pessoa é muito mais profundo do que crer apenas nos fatos relacionados a ela.

O verbo “crer” expressa a ação de quem tem fé, de modo que, “crer em” Jesus expressa a atitude de fé/fidelidade que alguém tem para com ele.

Essa era a fé que ele esperava de seus discípulos. Ele desejava que seus discípulos cressem nele e também fossem inteiramente fiéis a ele.

João 12:44 Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou.

A fé em Jesus, consequentemente, reconhece toda a verdade a seu respeito. Isso quer dizer que quem crê na pessoa de Jesus, crê que ele é o filho de Deus, que ele morreu pelos nossos pecados, que ele ressuscitou dentre os mortos, que ele é o Senhor, que ele voltará e tudo mais. Essa é a diferença entre “crer em” e “crer que”:

João 20:31 Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.

“Crer em” define a atitude interior de confiar na pessoa e “crer que” expressa a confiança nos fatos associados a essa pessoa. A segunda decorre da primeira. A nossa fé está firmada em Jesus e, consequentemente, reconhece toda a verdade sobre ele, confiando em tudo o que ele disse e fez.

A fé em Jesus surge quando alguém é colocado diante dele por meio da proclamação do evangelho. Por isso, é importantíssimo que o evangelho apresente uma correta imagem de Jesus, para que seja gerada a verdadeira fé naquele que ouve.

A fé verdadeira surge de um evangelho verdadeiro.

Romanos 10:14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?

Romanos 10:17 Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Deus .

É necessário anunciar Jesus conforme a palavra de Deus. Um Jesus “errado” gera uma fé errada, equivocada, fraca e possivelmente inútil . Ninguém será salvo crendo num Jesus diferente do verdadeiro. Apresentá-lo como um bom mestre, como pensava o jovem rico; ou como um profeta, como pensavam alguns judeus; ou como um grande sábio, ou mesmo um anjo, como dizem atualmente algumas religiões; não irá produzir a fé correta para a salvação. É certo que a fé inicial não precisa ser perfeita (pois seremos aperfeiçoados na fé), nem completa (pois será acrescentado o que falta a nossa fé), mas tem que ser fé verdadeira. Ela deve estar firmada no Jesus verdadeiro.

Jesus é Deus feito homem, é o filho do Deus vivo. Ele morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e recebeu toda a autoridade no céu e na terra. Ele é o Senhor do Universo e governa sobre tudo e sobre todos. Quem crê de coração nessa pessoa se coloca inevitavelmente na condição de seu servo e assim o afirma verbalmente.

Atos 2:36 Portanto, que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.

Romanos 10:9-10 Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.

A fé verdadeira confessa o Jesus verdadeiro: o Senhor e dono de nossas vidas. Mas é com o coração que se crê para justiça. O que é crer com o coração?

A palavra coração, quando usada de maneira metafórica, representa o centro da vida espiritual, emocional e intelectual do ser humano; representa o homem interior como um todo, alma e espírito. Então, crer com o coração, faz da fé uma força espiritual e não meramente uma aceitação racional dos fatos: é confiar desde o mais íntimo de seu ser na pessoa de Jesus. Essa fé surge no coração de alguém quando o Espírito Santo lhe revela a pessoa de Jesus em decorrência do evangelho que foi lhe foi anunciado.

A proclamação do evangelho apresenta Jesus exteriormente, mas o Espírito Santo revela Jesus interiormente, para que a pessoa creia com o coração.

Romanos 1:16 Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Aí está o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê: a ação do Espírito de Deus trabalhando no interior da pessoa para produzir fé em Jesus. Essa obra se desenvolve em duas frentes:

1) O Espírito Santo revela o amor de Deus na pessoa de Jesus e toca o coração do pecador de forma pessoal, apresentando-lhe o filho de Deus e sua obra preciosa, para que assim surja a fé como resposta positiva a essa ação sobrenatural. Quem crer e for batizado será salvo.

2) O Espírito Santo mostra ao pecador sua real situação diante de Deus, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo, convocando-o a abandonar o pecado e se voltar para Deus em arrependimento.

É dessa maneira que a fé está relacionada com a mensagem e com o poder de Deus. A palavra age exteriormente, criando as condições para a ação interior do Espírito. A fé é a resposta positiva, a atitude interior de confiar em Jesus, entregando-se inteiramente a ele para uma vida de obediência. Essa fé estabelece a base para experimentarmos as realidades espirituais e invisíveis da sua obra salvadora. Ela ativa a salvação. Por isso dizemos que somos salvos por meio da fé.

Recursos Logos Utilizados

  • Bible Word Study
  • Ferramenta de Pesquisa
  • Strong, J. (2002). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil.

 

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Salvos pela Fé – Parte 1: O Conceito

August 2, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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Mc 16:15-16 E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.

O texto acima diz que “quem crer e for batizado será salvo”. Desse modo, vemos que a proclamação do evangelho, acima de tudo,  requer fé da parte daquele que ouve. O conceito de “fé”, porém, está cercado de entendimentos superficiais e errôneos que não expressam o verdadeiro significado da fé bíblica, ou seja, a fé que Jesus esperava de seus seguidores.

Algumas pessoas associam “fé em Jesus” com “acreditar que ele existiu”, “concordar com o que ele disse”, ou ainda “aceitar como verdadeiros os fatos a respeito de Jesus”. Porém, esses são ingredientes mínimos da fé, que não expressam a natureza da fé esperada para a salvação.

Outras pessoas, insatisfeitas com esses conceitos superficiais, vão para o extremo oposto e fazem da fé algo tão complicado e teologicamente sofisticado que seria praticamente impossível alguém crer com a fé que elas propõem.

Basicamente, a fé é a atitude positiva de uma pessoa em resposta à palavra de Deus. Mas em que consiste essa fé? O que ela faz? O que a bíblia diz sobre fé? Como surge a fé?

Veja o que o autor da carta aos Hebreus fala sobre o tema:

Hebreus 11:1 Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.

Logo no início desse capítulo, que é dedicado inteiramente à fé, encontramos uma breve definição de fé: a fé é a certeza de algo e a prova de algo.

A palavra aqui traduzida por “certeza”, no texto grego é ‘uπόστασις/hypostasis, formada pela junção de upo (sob) e stasis (ficar), “ficar embaixo”, trazendo assim o conceito de fundamento, base, essência ou substância sobre a qual algo é constituído.

Fe-1a

A palavra “prova”, por sua vez, é ἔλεγχος/elenchos, que significa evidência, verificação, pela qual algo é provado ou testado.

Fe-2a 

Poderíamos, então, dizer que a fé é a base (ou fundamento) para experimentarmos (provarmos) as coisas invisíveis que esperamos

Assim, é por meio da fé que as coisas espirituais se tornam substancialmente reais para nós em nossa experiência prática.

Podemos avançar um pouco mais e descobrir qual natureza da fé. Na bíblia, a palavra “fé” é a tradução de πίστις/pistis, termo grego que caracteriza a disposição interior de uma pessoa confiar em outra (fé), e também a virtude de alguém em quem se pode confiar (fidelidade). O termo combina os dois conceitos, de maneira que, quando aplicado a Deus, envolve tanto confiar nele como ser fiel a ele.

Fe-1c

A fé gera um comprometimento daquele que crê, com a vontade de Deus, pela fidelidade. Quanto maior a fé, maior o comprometimento em fidelidade.

Era exatamente esse tipo de fé que havia em Abraão – chamado o pai da fé – e em todos os outros exemplos citados no restante do capítulo 11 de Hebreus. Eles não só confiaram em Deus, mas também foram fiéis a Deus, sendo que alguns deles morreram por causa de sua fé.

Observe também que, mesmo após apresentar todos esses grandes exemplos de fé, o autor de Hebreus não nos convoca a fixar nossa atenção sobre eles, ou em sua experiência. Ele cita estas pessoas como exemplos a serem considerados e imediatamente foca a atenção sobre o Único que pode produzir a verdadeira fé. Ele nos convoca a olhar firmemente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé.

Hebreus 12:1-2 Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.

Recursos Logos Utilizados

  • Estudo de Palavras Bíblicas
  • Ferramenta de Pesquisa
  • Strong, J. (2002). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil.
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Filed Under: Estudo Bíblico, Exegese

Quem tem sede, venha a mim e beba!

July 30, 2015 by Ricardo Meneghelli 1 Comment

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rios-agua-vivaJo 7:37-38
“Quem tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.

Ao dizer isso nesse contexto, Ele se comparou ao Rio de Água Viva que flui de Deus! Comparou também os que creem nele com o Templo de Deus, de onde fluirão as águas.

Para obter a adequada compreensão desse texto e atribuir o devido peso às palavas de Jesus com relação ao derramamento do Espírito Santo, precisamos, além de expandir o contexto bíblico, situá-lo em seu devido contexto cultural e histórico.

Expandindo o contexto bíblico

Para ajustar o contexto bíblico, vamos voltar ao início da perícope, nos primeiros versos do cap 7, Onde podemos ver que na ocasião, Jesus estava em Jerusalém para a celebração da festa dos tabernáculos.

Jo 7:1-2 Depois disso Jesus percorreu a Galiléia, mantendo-se deliberadamente longe da Judéia, porque ali os judeus procuravam tirar-lhe a vida. Mas, ao se aproximar a festa judaica dos tabernáculos.

Jo 7:10 Contudo, depois que os seus irmãos subiram para a festa, ele também subiu, não abertamente, mas em segredo.

Jo 7:14 Quando a festa estava na metade, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar.

O contexto histórico-cultural

A Festa dos Tabernáculos era uma uma das três principais festas religiosas do povo de Israel, juntamente com a Páscoa e com o Pentecostes. Durante sete dias eles celebravam a fidelidade de Deus durante os 40 anos que peregrinaram no deserto, após a saída do Egito.

Lv 23:34 “Diga ainda aos israelitas: No décimo quinto dia deste sétimo mês começa a Festa das Cabanas do Senhor, que dura sete dias.

Lv 23:42-43 Morem em tendas durante sete dias; todos os israelitas de nascimento morarão em tendas, para que os descendentes de vocês saibam que eu fiz os israelitas morarem em tendas quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”.

Nesses dias, eles armavam tendas sobre o telhado das casas e habitavam nelas, lembrando-se da época da peregrinação no deserto. Durante aquela jornada, houve um momento que faltou água e o povo estava desfalecendo de sede. Por duas vezes Deus providencio água sobrenaturalmente, fazendo-a sair de uma rocha.

Ex 17:5-6 Respondeu-lhe o Senhor: “Passe à frente do povo. Leve com você algumas das autoridades de Israel, tenha na mão a vara com a qual você feriu o Nilo e vá adiante. Eu estarei à sua espera no alto da rocha que está em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água para o povo beber”. Assim fez
Moisés, à vista das autoridades de Israel.

Nm 20:8 “Pegue a vara, e com o seu irmão Arão reúna a comunidade e diante desta fale àquela rocha, e ela verterá água. Vocês tirarão água da rocha para a comunidade e os rebanhos beberem”.

Por esta razão, além dos rituais e sacrifícios diários da festa (onde eles reconheciam que eram peregrinos e estrangeiros nessa terra, e não tinha nenhuma cidade permanente) era costume dos sacerdotes encher cântaros de água e marchar desde o poço de Siloé até o Templo, onde derramavam a água na soleira do altar como oferta de gratidão.

Além disso, essa era uma cerimônia celebrada ao final do período de seca, quando a água era escassa e os camponeses imploravam a Deus pelas chuvas.

A Leitura das escrituras

Durante a festa, quando eram lidas as Escrituras, normalmente se citavam textos como:

Ez 47:1-5 O homem levou-me de volta à entrada do templo, e vi água saindo de debaixo da soleira do templo e indo para o leste, pois o templo estava voltado para o oriente. A água descia de debaixo do lado sul do templo, ao sul do altar. Ele então me levou para fora, pela porta norte, e conduziu-me pelo lado de fora até a porta externa que dá para o leste, e a água fluía do lado sul. O homem foi para o lado leste com uma linha de medir na mão, e, enquanto ia, mediu quinhentos metros e levou-me pela água, que batia no tornozelo. Ele mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que batia na cintura. Mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que chegava ao joelho. Mediu mais quinhentos, mas agora era um rio que eu não conseguia atravessar, porque a água havia aumentado e era tão profunda que só se podia atravessar a nado; era um rio que não se podia atravessar andando.

E também:

Is 55:1-3 Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e, vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo. Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deliciará na mais fina refeição. Deem ouvidos e venham a mim; ouçam-me, para que sua alma viva. Farei uma aliança eterna com vocês, minha fidelidade prometida a Davi.

Is 58:11 O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.

Zc 13:1 Naquele dia uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para purificá-los do pecado e da impureza.
Eram textos que se referiam a águas vivas e purificadoras que fluíam do Templo de Deus, produzindo vida por onde passavam.

O último dia da festa

Lv 23:36 Durante sete dias apresentem ao Senhor ofertas preparadas no fogo, e no oitavo dia façam outra reunião sagrada, e também apresentem ao Senhor uma oferta preparada no fogo. É reunião solene; não realizem trabalho algum.

No último dia da festa havia uma reunião solene onde todo povo se apresentava diante do Senhor para oferecer um uma oferta queimada (holocausto). Jesus havia subido secretamente à festa, mas na metade da festa, subiu ao templo e começou a ensinar o povo, confrontando-os em suas tradições religiosas e afirmando que tinha vindo de Deus e, em breve, voltaria para Deus (tentaram prendê-lo, mas não puderam).

Até que no último dia da festa, quando todo o povo estava reunido em ajuntamento solene, ele se levanta e proclama em alta voz:

Jo 7:37-38 “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.

Ao dizer “venha a mim e beba”, dentro desse contexto, Jesus se comparou ao Rio de Água Viva que flui de Deus! Comparou também aqueles que creem nele com o Templo de Deus, de onde fluirão as águas, pois disse “do seu interior fluirão rios de água viva”. Ele trouxe para si o cumprimento da profecia de Ezequiel!

Mais do que um convite, essa foi uma tremenda afirmação! Como o rio que flui do templo, Jesus afirmou que estaria dentro dos seus discípulos fazendo fluir rios de água viva.

Para aquele povo sedento, que celebrava essa festa na época da seca e derramava uma pequena porção de água na soleira do altar, Ele diz que fluirão “rios” de água viva. É muita água! E água que flui de dentro, do interior de cada um!

O Espirito Santo

Essa tremenda afirmação de Jesus só pode ser cumprida mais tarde, depois de sua morte e ressurreição, quando ele derramou o Espírito Santo sobre todos os discípulos. Foi dessa maneira que Ele veio habitar no interior de cada um para fazer jorrar rios de vida.

Jo 7:39 Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado.

O Espírito ainda não podia ser dado, pois a obra de redenção ainda não havia sido realizada. O preço para reaver a humanidade cativa ainda não havia sido pago. Os homens ainda estavam sob o domínio das trevas e Deus não iria colocar neles o seu Selo sem resolver a questão do pecado. Mas depois que o Santo Filho de Deus derramou seu sangue, pagou o preço pelos pecados da humanidade e comprou multidões para o nosso Pai. Depois que ele ressurgiu triunfante da morte, recebendo toda a autoridade nos céus e na terra (isso foi na festa da Páscoa). Depois que ele subiu aos céus e assentou-se a direita de Deus. Não havia mais o que pudesse impedir!

⇒ Deus derramou o seu Espírito e os rios de água viva começaram a jorrar e a fluir!!

A vida abundante de Jesus Cristo começou a jorrar do interior de cada discípulo que o confessava como Senhor e descia às águas do batismo.

Desde o dia do Pentecostes (outra festa religiosa) esse poderoso Rio de Vida tem fluído a partir do interior dos discípulos e produzido novos discípulos, curas sobrenaturais, conversões genuínas, consolo em meio ao sofrimento, revelação das Escrituras, comunhão com o Pai, paz que excede a todo entendimento, santidade ao Senhor, intrepidez, compaixão pelos perdidos e, principalmente, obediência e paixão pelo Cristo Vivo.

• É esse rio de vida que enche nossas vidas de graça e alegria!
• É esse rio de vida que enche nossas vidas de esperança!

Quem tem sede venha a mim e beba!!!
• É esse rio de vida que nos dá poder espiritual!
• É esse rio de vida que nos faz frutíferos!

Quem tem sede venha a mim e beba!!!
• É esse rio de vida que cura todas as enfermidades!
• É esse rio de vida que nos enche de paz!

Ele disse: Quem tem sede, venha a mim, e beba!!!!

Rm 14:17 Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo;

1Co 3:16 Ou não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?

Recursos Logos Utilizados

  • Ferramenta de Pesquisa
  • Guia de Passagem Bíblica
  • Sociedade Bíblica do Brasil. (1999). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil.

 

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A Unidade da Igreja

July 8, 2015 by Ricardo Meneghelli Leave a Comment

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A Igreja está espalhada sobre a terra, em todos os continentes, em quase todas as cidades e países do mundo. Em algumas cidades existe apenas uma pequena família reunida numa casa e, em outras, encontramos muitas congregações com milhares de pessoas. São milhões de irmãos de todas as raças, povos, línguas e nações (e alguns ainda estão sendo alcançados); mas, mesmo sendo muitos, somos um só Corpo em Cristo.

O Corpo é Um só. Assim como Deus é um só, Cristo é um só e o Espírito Santo é um só, o Corpo de Cristo também é um só.

Cl 1:18 também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

1Co 12:12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.

Rm 12:5 assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente membros uns dos outros.

1Co 12:13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.

Normalmente, as pessoas estão acostumadas a olhar a Igreja apenas do ponto de vista da congregação onde participam, mas uma congregação não é o Corpo todo. Mesmo a Igreja na cidade – que é uma unidade funcional – não é o Corpo todo. São apenas partes do mesmo Corpo, ou ainda, do único Corpo. O Corpo de Cristo é uma unidade universal e sua expressão local é apenas parte dele. Parte, porém, não separada do todo, que não deve estar isolada ou dividida conforme crenças, doutrinas e preferências, mas em perfeita união e harmonia com as outras.

⇒ Juntos, somos um Corpo. Mas separados somos uma aberração.

Ef 4:4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.

A Igreja vive hoje uma anomalia. Assim como um cristão carnal é uma anomalia (uma aberração), uma Igreja dividida é uma anomalia provocada pela carnalidade humana. Pois, embora haja unidade de Espírito, o orgulho, o egoísmo, a especulação de doutrina e a falta de conhecimento do coração de Deus afastam a unidade da fé e, consequentemente, a unidade prática.

As divisões, separações, placas e disputas religiosas atentam contra a unidade do Corpo e não permanecerão até o final dos tempos, pois o Senhor voltará para arrebatar uma Igreja única e não uma Igreja dividida.

1Co 1:10-13 Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo. será que Cristo está dividido? foi Paulo crucificado por amor de vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?

1Co 3:3 porquanto ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais, e não estais andando segundo os homens?

Hoje em dia temos tantas denominações e divisões na Igreja que o princípio da unidade do Corpo de Cristo tem sido seriamente agredido. Mesmo dentro de uma mesma denominação, encontramos divisões, contendas e disputas. Em vez de usarmos as Escrituras para caminharmos para a unidade, a usamos para encontrar diferenças, discordâncias e divisões. A carnalidade humana usa da sã doutrina para que irmãos se separem uns do outros. A igreja deve separar-se do mundo e não de si mesma. Devemos nos apartar do mundo e não dos irmãos, pois somos parte do mesmo Corpo e não podemos agredi-lo com nossas divisões.

Quando, porém, Deus olha para seu povo, Ele não vê nomes de “igrejas”, placas e organizações. Ele não se importa tanto com a correção teológica das declarações e postulações de doutrinas, mas com o coração que temos e nossa posição em Cristo. Deus vê a Cristo e todos os que estão Nele. São esses que irão para a glória do Pai independente da denominação a que estão ligados. A denominação não pode ser a bandeira na qual nos apegamos, pois ela, em si mesma, é uma marca da divisão e só existe por causa das separações históricas que há séculos vêm ocorrendo na organização do Corpo de Cristo. A organização pode se dividir, se fragmentar, mudar, surgir e acabar, mas o Corpo não. O Corpo é um! É a Cristo, o Cabeça do Corpo, que devemos nos apegar, amar, servir e seguir; a fim de convergir para Ele e ser achado Nele.

Jo 17:20-22 E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.

Uma Igreja dividida reflete um Corpo enfermo, privado de seu pleno potencial. A carnalidade e as divisões são um mau testemunho para o mundo e devem acabar antes que o Senhor venha. Devemos ser um só Corpo, visivelmente, em nosso procedimento e fé, para que o mundo creia. Então o Senhor voltará para um Corpo saudável, unido, e uma Noiva santa, sem mancha, nem ruga, nem mácula.

Hb 12:1-2 Portanto, [ … ] livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.

Nessa corrida, ninguém vai chegar sozinho ou primeiro que os outros. Quando chegarmos, chegaremos todos juntos. Ou então permaneceremos aguardando até que a Noiva seja adornada e todo vestígio de divisão e iniquidade seja removido.

Recursos Logos Utilizados

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Smith, J. H. (1992). The New Treasury of Scripture Knowledge – Nashville TN: Thomas Nelson.

Sociedade Bíblica do Brasil. (2002). Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico. Sociedade Bíblica do Brasil.

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Filed Under: Estudo Bíblico Tagged With: igreja, unidade

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