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Estudando Teologia no Livro dos Salmos: Lição 3 – O que Deus faz? (Salmo 104)

Nas lições anteriores abordamos como Deus fala conosco e o que ele diz acerca de si mesmo, seus atributos. Nesta lição abordaremos um pouco sobre a obra de Deus, sua Criação e Providência. Nossa oração é que ao final você se sinta impressionado com a grandeza e perfeição do único Deus que existe, Yahweh.

Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro… Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim (Isaías 45:22 e Isaías 46:9)

 

Lição 3

O Que Deus Faz?

 

Texto base: Salmo 104

 

Para realmente conhecer alguém não basta conhecermos as suas características físicas e psicológicas, é necessário também saber o que essa pessoa faz, quais são suas obras. Não é diferente com relação à Deus, se vcocê quer conhece-lo, precisa conhecer o que Ele faz.

Nesta lição olharemos para as obras de Deus através do belíssimo Salmo 104. Costuma-se falar das obras de Deus como Criação e Providência. Este salmo une de maneira poética estas duas obras, tendo-as como alvo de sua meditação:

 

1 Bendiga o Senhor a minha alma!

Ó Senhor, meu Deus, tu és tão grandioso!

Estás vestido de majestade e esplendor!

2 Envolto em luz como numa veste,

Ele estende os céus como uma tenda,

3 E põem sobre as águas dos céus

As vigas dos seus aposentos

Faz das nuvens a sua carruagem

E cavalga nas asas do vento

4 Faz dos ventos seus mensageiros

E dos clarões reluzentes seus servos

5 Firmaste a terra sobre os seus fundamentos

para que jamais se abale; (Salmo 104.1-5)

 

O salmista, repetindo o que fez no Salmo 103, convida a sua alma para que bendiga ao Senhor. O que se segue, é a resposta obediente de sua própria alma em louvor a Deus, uma meditação agradável ao Senhor. Tal meditação tem como ponto de partida o próprio Deus que é grandioso, majestoso e esplendoroso. O salmista então exemplifica estes adjetivos que acabou de dar a Deus apontando para elementos da criação de Deus e o uso poderoso que Deus faz destes elementos.

O Deus que se veste de luz e de esplendor criou pela palavra do seu poder a luz no primeiro dia da Criação. No segundo dia da Criação (conforme Gênesis 1), Deus criou o firmamento (céu azul) e fez separação entre as águas debaixo dos céus (mares, rios) e as águas acima do firmamento (nuvens e alguma forma primitiva de reter as águas que caíram na época do dilúvio). Deus é louvado no Salmo 104 em lembrança à sua obra criadora também do segundo dia e porque Ele continua detendo o poder de fazer o que quiser com os céus, as nuvens, os ventos e os trovões.

 

O Senhor das águas é aquele que as criou. Baal não é o sengor das águas, chuvas e trovões e nem Iemanjá. Somente Deus Yahweh é o Senhor das águas. É por isso que esse Deus teve o poder de fazer tais águas inundarem a terra. É sobre isso que o salmista agora vai falar:

 

Plitvice, Croácia

 

6 com as torrentes do abismo a cobriste

como se fossem uma veste;

as águas subiram acima dos montes.

7 Diante das tuas ameaças as águas fugiram,

puseram-se em fuga ao som do teu trovão;

8 subiram pelos montes e escorreram pelos vales,

Para os lugares que tu lhes designaste

9 Estabeleceste um limite que não podem ultrapassar;

jamais tornarão a cobrir a terra. (Salmo 104.6-9)

 

        A capacidade de concisão do salmista é invejável. Em 4 versos ele narra toda a história de Gênesis 6 a 9. Desde o início do dilúvio até a aliança de Deus com Noé de não mais destruir a terra através da água (Gênesis 9.11). Deus é aquele que inundou a terra, matou toda aquela geração por causa dos seus pecados, pela graça salvou Noé e sua família, secou a terra e prometeu não mais destruí-la daquela forma. O nosso Deus é digno de ser louvado!

 

10 Fazes jorrar as nascentes nos vales

E correrem as águas entre os montes

11 delas bebem todos os animais selvagens

e os jumentos selvagens saciam a sua sede

12 as aves do céu fazem seu ninho junto às águas

e entre os galhos põem-se a cantar

13 dos teus aposentos celestes regas os montes

Sacia-se a terra com o fruto das tuas obras! (Salmo 104.10-13)

 

O salmista continua louvando a Deus pela água. A novidade é que a água é exaltada em relação à terra. Na verdade o salmista agora está levando em consideração o terceiro dia da criação, quando Deus fez aparecer a porção seca no meio das águas. É Deus quem faz as nascentes jorrarem água constantemente. É ele quem faz os rios e cachoeiras entre os montes, logo, é Deus quem, provê de beber aos animais selvagens e às aves. É Deus quem faz a chuva cair (dos teus aposentos celestes regas os montes) e consequentemente, quem sacia a terra com o fruto das suas obras. Em outras palavras, a harmonia que existe neste mundo, com cada coisa no seu devido lugar, vem das mãos de Deus. É Ele quem em Sua Providência supre as necessidades de todos.

  

14 É o Senhor que faz crescer o pasto para o gado,

e as plantas que o homem cultiva, para da terra tirar o alimento:

15 o vinho, que alegra o coração do homem;

o azeite, que lhe faz brilhar o rosto,

e o pão que sustenta o seu vigor.

16 As árvores do Senhor são bem regadas,

os cedros do Líbano que ele plantou;

17 nelas os pássaros fazem o ninho

e nos pinheiros a cegonha tem o seu lar.

18 Os montes elevados pertencem aos bodes selvagens,

e os penhascos são um refúgio para os coelhos. (Salmo 104.14-18)

 

No louvor de sua alma, o salmista continua pensando no terceiro dia da criação. Mais uma vez a harmonia da criação e a bondade do Senhor estão em pauta. É na terra (porção seca de Gênesis 3.9) que Deus fez crescer (também no 3º dia) toda espécie de relva (pasto) e plantas como a videira, a oliveira e o trigo, cujos frutos tem abençoado ao longo dos séculos a vida daqueles que do vinho, do azeite e do pão sabem fazer bom proveito. Além disso, essas árvores servem de lar para os animais. O salmista ainda encontra tempo para reparar no relevo: montes e penhascos. Para aqueles que ainda não visualizaram a estrutura deste salmo, facilitamos:

 

                        Dia da Criação                     Salmo 104

                   1º Dia                              104.2-5

                   2º Dia                              104.6-9

                   3º Dia                              104.10-18

                   4º Dia                              104.19-23

                   5º Dia                              104.24-26

                   6º Dia                              104.27-30

 

 

Apesar da estrutura deste salmo estar baseada no relato da criação, não podemos perder de vista que o salmista fala sobre a criação, mas também sobre a obra de providência de Deus em administrar a sua Criação de forma maravilhosa e harmoniosa. Vejamos o que o salmista tem a dizer sobre o 4º dia da Criação:

 

19 Ele fez a lua para marcar estações;

o sol sabe quando deve se pôr.

20 Trazes trevas e cai a noite,

Quando os animais da floresta vagueiam.

21 Os leões rugem à procura de presa,

buscando de Deus o alimento,

22 mas ao nascer do sol eles se vão

E voltam a deitar-se em suas tocas.

23 Então o homem sai para o seu trabalho

para o seu labor até o entardecer. (Salmo 104.19-23)

 

Estão lá em Gênesis, no relato da criação, os porquês Deus fez os luminares (Gênesis 1.14-19). Aqui vemos como o sol e a lua cumprem no dia a dia o seu papel conforme estabelecido por Deus, o seu Criador. Marcam os dias e as estações e contribuem com a harmonia do mundo marcando o tempo de homens e animais selvagens saírem para os seus afazeres. Seguem-se agora as considerações do salmista sobre o 5º dia da Criação:

 

24 Quantas são as tuas obras, Senhor!

Fizeste todas elas com sabedoria!

A terra está cheia de seres que criaste.

25 Eis o mar, imenso e vasto.

Nele vivem inúmeras criaturas,

seres vivos, pequenos e grandes.

26 Nele passam os navios, e também o Leviatã,

que formaste para com ele brincar (Salmo 104.24-26) 

 

O verso 24 quebra a continuidade do Salmo, fazendo uma poderosa declaração de louvor por tudo que tinha considerado até aqui. É como se o salmista não tivesse conseguido conter, antes de continuar, ele precisou gritar em louvor a Deus: Quantas são as tuas obras, Senhor! Fizeste todas com sabedoria! Esta atitude parece-se muito com o arroubo de louvor de Paulo em Romanos 11:

 

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!

Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!

Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?

Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas.

A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11.33-36)

 

Em Romanos o “êxtase” de Paulo é causado pela obra da salvação que ele vinha descrevendo até então. Aqui, o arroubo do salmista é devido à criação e a providência de Deus. No 5º dia, segundo o relato de Gênesis, Deus criou os animais aquáticos e também as aves. Nosso salmista já falou sobre as aves (Sl 104.12 e 17). Agora ele destaca as inúmeras criaturas, pequenas e grandes, que vivem no mar, inclusive o temido Leviatã, criado por Deus para com ele se divertir.

Não é muito fácil perceber as divisões do salmo, até porque o salmo foi feito como uma peça única de poesia, assim, por vezes, a transição de um dia para outro da criação é gradual. Mas aqui chegamos finalmente ao sexto e último dia da criação, quando foram feitos animais terrestres e os homens:

 

27 Todos eles dirigem seu olhar a ti,

esperando que lhes dês o alimento no tempo certo;

28 tu lhes dás, eles o recolhem,

abres a tua mão, e saciam-se de coisas boas.

29 Quando escondes o rosto, entram em pânico;

quando lhes retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó.

30 Quando sopras o teu fôlego, eles são criados

e renovas a face da terra. (Salmo 104.27-30)

 

O salmista usa um recurso literário primoroso aqui. Ele não define de quem está falando – chama-os de todos – e desta forma podemos aplicar tais palavras tanto aos animais quanto aos homens criados no 6º dia. Algumas afirmações destes versículos remetem-nos diretamente para a criação do homem: sopras o fôlego da vida, morrer, pó. O fato é que todos, homens e animais, dependem de Deus para sua alimentação (Sl 104.14-15). Por isso Jesus nos ensinou a orar: “o pão nosso de cada nos daí, hoje” (Mateus 6.11). é um reconhecimento de que o alimento diário vem das mãos de Deus e se Ele, por algum motivo, virar o rosto (expressão bíblica que significa desfavor) todos, homens e animais, desesperam-se e morrem. E desta forma, Deus, o Senhor, o Rei que governa tudo e todos, renova a face da terra.

Muito bem! Vimos a criação e a contínua obra da providência de Deus relacionada aos seis dias da criação. A pergunta que fazemos é: quais são as atitudes humanas requeridas em resposta a estas bênçãos tão grandiosas? O salmista continua meditando. Lembre-se, este salmo é a resposta do salmista à sua própria ordem para a sua alma no sentido desta louvar ao Senhor. É isso que ele continua fazendo:

 

31 Perdure para sempre a glória do Senhor!

alegre-se o Senhor em todos os seus feitos!

32 Ele olha para a terra, e ela treme,

toca os montes, e eles fumegam.

33 Cantarei ao Senhor toda a minha vida;

louvarei ao meu Deus enquanto eu viver.

34 Seja-lhe agradável a minha meditação,

pois no Senhor tenho alegria.

35 Sejam os pecadores eliminados da terra

e deixem de existir os ímpios.

Bendiga o Senhor a minha alma!

Aleluia! (Salmo 104.31-35)

 

Louvor! Eis o que temos nos últimos versos deste maravilhoso salmo. O salmista louva (elogia) a Deus pelos seus feitos. Reconhece a grandeza do Senhor. A terra treme diante do Senhor (Êxodo 19.16-19), e tremeu mesmo! Por tudo isso, o salmista renova um compromisso com Deus: eu cantarei e louvarei ao Senhor. De fato, se Deus é quem o salmista afirma ser, a obrigação dos homens é viver para prestar-lhe culto e render-lhe louvor. Ele é o grande Senhor Criador e Mantenedor de todas as coisas, inclusive de nós, pequeninas e frágeis criaturas humanas. O salmista deseja que não somente seus cânticos sejam agradáveis a Deus (não somente as palavras dos seus lábios) mas também a sua meditação (meditação do seu coração) seja agradável ao Senhor, por Ele, é fonte de alegria! Que grande pecado é, não reconhecer quem é Deus, o que Ele faz, não lhe dar louvor e nem lhe obedecer. O tamanho do pecado é proporcional à santidade e inocência da pessoa contra a qual pecamos. É por isso que este salmo de louvor tem a dura afirmação do verso 35: “Que os pecadores sejam eliminados da terra e deixem de existir os ímpios.” Esta também é uma meditação agradável a Deus. Que os inimigos de Deus sejam destruídos. É evidente que o salmista não está falando de qualquer tipo de pecador, mas daqueles que decididamente e racionalmente são inimigos de Deus. Quem se rebela contra o bondoso Senhor do Universo, que sustenta todas as suas criaturas, inclusive os rebeldes, merece a pena mais dura que pode existir: a de morte eterna. E é isso que acontecerá no final dos tempos: vida eterna para aqueles que viveram para louvar o Senhor, reconheceram sua bondade e meditaram em seus feitos, e morte eterna para aqueles que decidiram fechar os olhos para esta grande verdade. O salmista termina como começou:

 

Bendiga o Senhor a minha alma!

Aleluia! (= Seja louvado Yahweh)

 

Oração: Senhor Deus, tu és aquele que tudo criaste: luz, terra, mares, céu, animais e homens. És também aquele que preserva com amor e graça toda a Sua criação, gerando harmonia inteligente e provisão que mantém a vida. Se o Senhor deixasse de olhar para a terra, haveria total desespero, pois todos, homens e animais, somos dependentes de ti. Por isso, ó Deus, receba os nossos louvores, gratidão e reconhecimento de quem tu és. Tu és digno dos nossos mais sinceros e constantes louvor e adoração. És merecedor da contínua meditação nos teus poderosos feitos. Por isso, Senhor, ajuda-nos a continuamente prestarmos-te culto, louvor, adoração e obediência. Que a nossa vida redunde em glória para o Senhor. Quanto àqueles que não têm reconhecido, na teoria e na prática estas verdades, pedimos-te, convença-os da tua grandeza e da dependência de todo homem de ti. Se eles permanecerem duros, deixando de reconhecer-te na teoria e no dia a dia como Senhor, aqueles que têm sido contumazmente rebeldes contra ti, usurpando a sua glória e obediência que lhe é devida como Deus Criador e Provedor, que o Senhor seja louvado também no acerto de contas com eles. Em nome de Jesus, Aquele que morreu para prover-nos vida e nos habilitar a te louvar. Amém!

 

 

Leituras Sugeridas para a Semana

 

1º Dia: Gênesis 1.1-25 (A Criação de Deus: motivo de louvor)

2º Dia: Neemias 9.5-21 (louvor pela criação, providência e redenção pela graça)

3º Dia: Salmo 145 (Louvor ao Senhor)

4º Dia: Apocalipse 20.7-15 (Punição por não reconhecer, na teoria e na prática, Deus como o Senhor. Na verdade o julgamento é pela sobras, porque é a prática que demonstra de a confissão de fé é verdadeira. Não adiante dizer que se crê em Deus mas na prática viver como um ateu: desobediente, sem frequentar o corpo de Cristo – a Igreja, sem cultuar a Deus em casa e na comunidade da fé)

5º Dia: Salmo 118 (Louvor a Deus pela sua misericórdia [graça, amor] criadora e redentora)

6º Dia: Mateus 6.9-15 (Modelo perfeito de oração: louva e adora, suplica, pede perdão e se compromete)

 

Textos Sugeridos para a Semana

 

Gênesis 1.1-25 No princípio, criou Deus os céus e a terra. 2 A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. 3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. 5 Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia. 6 E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. 7 Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. 8 E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia. 9 Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. 10 À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. 11 E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. 12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. 13 Houve tarde e manhã, o terceiro dia. 14 Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. 15 E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. 16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. 17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, 18 para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 Houve tarde e manhã, o quarto dia. 20 Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. 21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 22 E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. 23 Houve tarde e manhã, o quinto dia. 24 Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. 25 E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.

 

Neemias 9.5-21 Os levitas Jesua, Cadmiel, Bani, Hasabnéias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías disseram: Levantai-vos, bendizei ao SENHOR, vosso Deus, de eternidade em eternidade. Então, se disse: bendito seja o nome da tua glória, que ultrapassa todo bendizer e louvor. 6 Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora. 7 Tu és o SENHOR, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. 8 Achaste o seu coração fiel perante ti e com ele fizeste aliança, para dares à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e cumpriste as tuas promessas, porquanto és justo. 9 Viste a aflição de nossos pais no Egito, e lhes ouviste o clamor junto ao mar Vermelho. 10 Fizeste sinais e milagres contra Faraó e seus servos e contra todo o povo da sua terra, porque soubeste que os trataram com soberba; e, assim, adquiriste renome, como hoje se vê. 11 Dividiste o mar perante eles, de maneira que o atravessaram em seco; lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra nas águas impetuosas. 12 Guiaste-os, de dia, por uma coluna de nuvem e, de noite, por uma coluna de fogo, para lhes alumiar o caminho por onde haviam de ir. 13 Desceste sobre o monte Sinai, do céu falaste com eles e lhes deste juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. 14 O teu santo sábado lhes fizeste conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, teu servo, lhes mandaste. 15 Pão dos céus lhes deste na sua fome e água da rocha lhes fizeste brotar na sua sede; e lhes disseste que entrassem para possuírem a terra que, com mão levantada, lhes juraste dar. 16 Porém eles, nossos pais, se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos. 17 Recusaram ouvir-te e não se lembraram das tuas maravilhas, que lhes fizeste; endureceram a sua cerviz e na sua rebelião levantaram um chefe, com o propósito de voltarem para a sua servidão no Egito. Porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te e grande em bondade, tu não os desamparaste, 18 ainda mesmo quando fizeram para si um bezerro de fundição e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito; e cometeram grandes blasfêmias. 19 Todavia, tu, pela multidão das tuas misericórdias, não os deixaste no deserto. A coluna de nuvem nunca se apartou deles de dia, para os guiar pelo caminho, nem a coluna de fogo de noite, para lhes alumiar o caminho por onde haviam de ir. 20 E lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar; não lhes negaste para a boca o teu maná; e água lhes deste na sua sede. 21 Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto, e nada lhes faltou; as suas vestes não envelheceram, e os seus pés não se incharam.

 

 

Salmo 145.1-21 Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei o teu nome para todo o sempre. 2 Todos os dias te bendirei e louvarei o teu nome para todo o sempre. 3 Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável. 4 Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos. 5 Meditarei no glorioso esplendor da tua majestade e nas tuas maravilhas. 6 Falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e contarei a tua grandeza. 7 Divulgarão a memória de tua muita bondade e com júbilo celebrarão a tua justiça. 8 Benigno e misericordioso é o SENHOR, tardio em irar-se e de grande clemência. 9 O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras. 10 Todas as tuas obras te renderão graças, SENHOR; e os teus santos te bendirão. 11 Falarão da glória do teu reino e confessarão o teu poder, 12 para que aos filhos dos homens se façam notórios os teus poderosos feitos e a glória da majestade do teu reino. 13 O teu reino é o de todos os séculos, e o teu domínio subsiste por todas as gerações. O SENHOR é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras. 14 O SENHOR sustém os que vacilam e apruma todos os prostrados. 15 Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. 16 Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente. 17 Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos, benigno em todas as suas obras. 18 Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. 19 Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhes o clamor e os salva. 20 O SENHOR guarda a todos os que o amam; porém os ímpios serão exterminados. 21 Profira a minha boca louvores ao SENHOR, e toda carne louve o seu santo nome, para todo o sempre.

 

 

Apocalipse 20.7-15 Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão 8 e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. 9 Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. 10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos. 11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

 

 

Salmo 118.1-29 Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. 2 Diga, pois, Israel: Sim, a sua misericórdia dura para sempre. 3 Diga, pois, a casa de Arão: Sim, a sua misericórdia dura para sempre. 4 Digam, pois, os que temem ao SENHOR: Sim, a sua misericórdia dura para sempre. 5 Em meio à tribulação, invoquei o SENHOR, e o SENHOR me ouviu e me deu folga. 6 O SENHOR está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem? 7 O SENHOR está comigo entre os que me ajudam; por isso, verei cumprido o meu desejo nos que me odeiam. 8 Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar no homem. 9 Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar em príncipes. 10 Todas as nações me cercaram, mas em nome do SENHOR as destruí. 11 Cercaram-me, cercaram-me de todos os lados; mas em nome do SENHOR as destruí. 12 Como abelhas me cercaram, porém como fogo em espinhos foram queimadas; em nome do SENHOR as destruí. 13 Empurraram-me violentamente para me fazer cair, porém o SENHOR me amparou. 14 O SENHOR é a minha força e o meu cântico, porque ele me salvou. 15 Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do SENHOR faz proezas. 16 A destra do SENHOR se eleva, a destra do SENHOR faz proezas. 17 Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do SENHOR. 18 O SENHOR me castigou severamente, mas não me entregou à morte. 19 Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao SENHOR. 20 Esta é a porta do SENHOR; por ela entrarão os justos. 21 Render-te-ei graças porque me acudiste e foste a minha salvação. 22 A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; 23 isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos. 24 Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. 25 Oh! Salva-nos, SENHOR, nós te pedimos; oh! SENHOR, concede-nos prosperidade! 26 Bendito o que vem em nome do SENHOR. A vós outros da Casa do SENHOR, nós vos abençoamos. 27 O SENHOR é Deus, ele é a nossa luz; adornai a festa com ramos até às pontas do altar. 28 Tu és o meu Deus, render-te-ei graças; tu és o meu Deus, quero exaltar-te. 29 Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.

 

 

Mateus 6.9-15 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; 11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém! 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

Criado por
João Paulo Thomaz de Aquino
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