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Estudando Teologia no Livro dos Salmos: Lição 6 – Sofrimento, Salvação, Louvor e Evangelização (Salmo 22)

As duas últimas lições (Salmos 5 e 51) trataram sobre o homem: seu valor e derrocada, sua origem gloriosa e a queda em pecado que o levou à morte. Esse homem, que por causa do pecado chegou a um estado deplorável, precisa de algo ou alguém que o restaure. Este alguém é Cristo, o Messias Salvador. Nas próximas lições estudaremos de forma introdutória salmos que falam sobre Cristo e sua obra de salvação. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam. (Salmo 2.12)

 

Lição 6

Sofrimento, Salvação, Louvor e Evangelização.

 

Texto base: Salmo 22

 

O seguinte ditado tem sido comumente falado no meio cristão: “nunca pergunte a Deus: ‘por quê?’, pergunte: ‘para que?’” Tal ditado tem o lado interessante de nos fazer pensar nos propósitos sempre benéficos de Deus para nós, entretanto, o que o ditado proíbe não tem nenhum apoio bíblico. Quem disse que não devemos perguntar a Deus “Por quê?”? O Salmo 22 nos ensina quando e como podemos fazer esta pergunta a Deus.

 

O Salmo 22 é um salmo de lamento. Tais salmos também são chamados salmos de apelo ou salmos de queixa, tendo como base sua linguagem e contexto jurídicos. Esses salmos podem ser individuais ou comunais. Os salmos de lamento se subdividem em 3 dimensões: “Ele é dirigido para Deus (uma acusação ou lamento ‘contra’ Deus), para outro homem (um lamento contra um inimigo), ou para o próprio lamentador (Eu-lamento ou Nós-lamento)”. (1974, p. 27). Bosma chama esse último tipo de Apelo por Misericórdia e o define assim: Quando o orador reconhece sua responsabilidade pessoal e culpa na aflição, então, ele pede por clemência. Nesses salmos não há, normalmente, referência a um inimigo humano – e acrescenta – quando o pedinte é a parte culpada, a principal petição é um apelo por misericórdia… (2004, p. 10).

 

Antes de entrar no salmo propriamente, é bom estabelecer quais são os componentes de um salmo de lamento. Segundo Westermann “A estrutura de um salmo de lamento é [1] endereço (e petição introdutória), [2] lamento, [3] volta para Deus (declaração de confiança), [4] petição, [5] voto de louvor”. (1974, p. 26). Brueggemann diz que: os componentes característicos de um salmo de lamento são geralmente aceitos como [1] endereço, [2] queixa, [3] petição, [4] motivação, [5] voto de oferta, [6] certeza de ser ouvido. (1974, p. 6). Este salmo foi escrito por Davi numa situação desconhecida. É o salmo mais citado no Novo Testamento e um texto central no relato da paixão de Cristo.

 

 

1ª Parte (1-10) – O salmista sente abandono e menosprezo, o que é incompatível com o que ele conhece sobre os atos de Deus para com os seus.

 

1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

 

O salmo começa as palavras que todo cristão conhece até mesmo em hebraico: Eli, Eli lamá sabactâni? (Mateus 27.46). Já na primeira linha (endereço) vemos a carga de sentimentos que assola o coração do salmista. Ele se sente abandonado, desamparado, mas sabe que ainda pode clamar Àquele que ele pode chamar de “Meu Deus”. Eis uma das características dos salmos de lamento. Por mais extrema que a situação seja, e por mais duras palavras que aquele que ora esteja usando, é evidente que a oração é feita ao Único que tem poder para resolver o problema. A intensidade dessas orações pode ser comparada à luta de Jacó com Deus para ser abençoado (Gn 32.28). O patriarca só lutou porque sabia que o anjo era a sua única esperança de receber favor da parte de Deus.

 

Isso não pode ser confundido com o que se faz no cristianismo televisivo e pseudo-apostólico dos nossos dias, onde pessoas falam da “obrigação” que Deus tem de fazer todos os caprichos de cada um de seus supostos filhos. Não! Aqueles que oram salmos de lamento na Bíblia (Davi, Jeremias, Jó, Jesus) são pessoas justas que sabem que somente Deus tem poder para livrá-los de uma situação de dor e sofrimento extremos, situação esta que eles já não mais estão suportando. Nessa situação, tais pessoas usam todo tipo de argumentação diante de Deus, demonstram sua real necessidade, objetivando serem ouvidos. É uma oração de pessoas fiéis e angustiadas que ainda crêem em Deus com toda a força do seu coração.

 

Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?

2 Deus meu, clamo de dia, e não me respondes;

também de noite, porém não tenho sossego.

 

O problema central do salmista nesse salmo é que ele sente que Deus o abandonou, (desamparou). Isso fica claro no restante do primeiro e no segundo versículos da oração de Davi (petição introdutória). Apesar de seus urros como que de leão (palavras do meu bramido) ele não tem recebido solução. Davi se sente só, pois seu clamor tem subido a Deus de dia e também de noite, mas não ele tem obtido nenhuma resposta. Note-se que, apesar de sentir-se abandonado por Deus, nestes 2 versículos lemos a insistente declaração: “Deus meu”, por três vezes.

 

3 Contudo, tu és santo,

entronizado entre os louvores de Israel.

4 Nossos pais confiaram em ti;

confiaram, e os livraste.

5 A ti clamaram e se livraram;

confiaram em ti e não foram confundidos.

 

Estes versos começam com uma conjunção adversativa (contudo, mas, porém) que estabelece uma relação de contraste com aquilo que estava sendo falado anteriormente. A afirmação central destes versos é a de que “nossos pais confiaram em ti” (3 vezes). O salmista começa dizendo que Deus é santo e entronizado entre os louvores de Israel. Davi está consciente de que não está falando com um seu igual, mas com aquele que transcende a tudo e a todos. Sabe que não está falando com alguém a quem pode ser imputado qualquer erro ou pecado, ou que possa ser acusado de nada. A importante argumentação de Davi neste ponto é: nossos pais confiaram em ti, clamaram e qual foi o resultado? Ele foram libertos de suas angústias, não foram confundidos (decepcionados, envergonhados). O objetivo daquele que ora aqui é estabelecer um contraste entre a maneira que Deus agiu no passado com seus pais e a situação que o próprio salmista está vivendo no presente. Uma paráfrase possível é: “Deus é Santo e merece louvor, mas porque Ele está agindo para comigo de maneira diferente da que agiu com meus pais?” A lembrança desses fatos também, além de ser um argumento da oração do salmista, é uma forma através da qual ele “abastece” a sua confiança em Deus.

 

6 Mas eu sou verme e não homem;

opróbrio dos homens e desprezado do povo.

7 Todos os que me vêem zombam de mim;

afrouxam os lábios e meneiam a cabeça:

8 Confiou no SENHOR!

Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer.

 

Novamente um forte contraste é estabelecido logo de início (mas). Este “mas” traz a seguinte força consigo: ‘apesar de seres Santo e Entronizado entre os louvores, apesar de teres respondido aos nossos pais no passado quando eles confiaram em ti, e os teres livrado e preservado’, e então continua: não é assim que tem sucedido comigo. Então o salmista continua expondo a sua situação desesperadora diante de Deus: ‘minha situação é tão deplorável que posso ser comparado a um verme e não um homem’, ‘tornei-me objeto de riso e zombaria e desprezo (afrouxam os lábios e balançam a cabeça). Pessoas más desprezam-me com expressões físicas e também com palavras que tentam assolar a sua fé: “Confiou no Senhor, livre-o ele, salve-o, pois tem nele o seu prazer”. Aquele que ora é reconhecido até pelos inimigos como alguém que confia e tem prazer no Senhor.

 

9 Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste,

estando eu ainda ao seio de minha mãe.

10 A ti me entreguei desde o meu nascimento;

desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus.

 

Após estas palavras de lamento, mais uma vez um contraste é estabelecido (contudo) e o salmista faz declarações de confiança. Se no primeiro contraste o salmista usou como argumento a ação de Deus em prol dos seus pais, agora ele fala de seu próprio relacionamento com Deus. O objetivo é “convencer” Deus de salvá-lo e alimentar a própria fé. No verso 9 Deus é retratado como “parteiro” de Davi (Pois foste tu quem me tirastes do ventre / e me confiaste aos seios de minha mãe). O salmista também declara, no verso 10, que desde a mais tenra idade ele tem se agradado de Deus.

 

Deve-se notar que os conceitos da aliança com Deus funcionam como base do Salmo: Deus meu, os pais, fé, desde o nascimento. Somente alguém que está num contexto de aliança com Deus tem o direito de se valer deste tipo de oração.

 

Toda essa argumentação do salmista cheia de contrastes serve de base para os pedidos de socorro que ele guardou para a segunda parte do Salmo.

 

2ª Parte (11-21) – O salmista expõe de maneira ainda mais clara os seus sofrimentos: o mal está assustadoramente próximo e Deus parece distante; o salmista clama por socorro e livramento.

 

11 Não te distancies de mim,

porque a tribulação está próxima,

e não há quem me acuda.

 

Como já havia deixado claro no começo do salmo, Davi se sente abandonado, e agora faz o pedido a Deus (não te distancies) sublinhando mais uma vez a razão (a tribulação está próxima e não há auxílio). Nesses versículos, Davi vai mostrar quase graficamente como a tribulação está ficando cada vez mais próxima, até um momento extremo.

 

12 Muitos touros me cercam,

fortes touros de Basã me rodeiam.

13 Contra mim abrem a boca,

como faz o leão que despedaça e ruge.

 

Davi compara seus inimigos a bravos touros selvagens, que já o encurralaram (cercam, rodeiam – ênfase na proximidade do mal). Touros cuja boca pode ser comparada à de leões, ávidas por devorar e rugir.

 

14 Derramei-me como água,

e todos os meus ossos se desconjuntaram;

meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.

15 Secou-se o meu vigor, como um caco de barro,

e a língua se me apega ao céu da boca;

assim, me deitas no pó da morte.

 

Além da iminência do ataque dos inimigos, há ainda o fato de que o corpo de Davi já não mais está suportando tamanhos ataques (físicos e psicológicos). Os sinais vitais do salmista estão desaparecendo. O uso intenso de figuras aponta para a profundidade do sofrimento do salmista. Ele se sente apavorado (derramei-me como água, ossos desconjuntados, coração derretido como cera), fraco (vigor seco) e próximo da morte (encontra-se desidratado). A morte se aproxima. Ele sabe que Deus está no controle e é quem permite estas coisas e exatamente por isso está clamando intensamente ao único que pode livrá-lo.

 

16 Cães me cercam;

uma súcia de malfeitores me rodeia;

traspassaram-me as mãos e os pés.

17 Posso contar todos os meus ossos;

eles me estão olhando e encarando em mim.

18 Repartem entre si as minhas vestes

e sobre a minha túnica deitam sortes.

 

Agora os inimigos são comparados a cães (carnívoros e carniceiros, animais imundos de acordo com a Lei). Um bando de malfeitores está cercando aquele que ora. Agora, a súcia de malfeitores que estava muito próxima começa a atacar: traspassam as mãos e os pés, olham, encaram, despem-no e rasgam suas vestes, sorteiam a sua túnica. O sofrimento é intenso, a perigo de morte não é mais iminente, mas está em curso. O que o salmista ainda pode fazer?

 

19 Tu, porém, SENHOR, não te afastes de mim; força minha,

apressa-te em socorrer-me.

20 Livra a minha alma da espada,

e, das presas do cão, a minha vida.

21 Salva-me das fauces do leão

e dos chifres dos búfalos;

 

Clamar a Deus! E é o que o salmista faz nessa hora extrema e de iminente morte. O salmista continua clamando a Deus. Ele está cercado e fraco, como já disse anteriormente, então pede que Deus se faça próximo (não te afastes de mim) e declara que Deus é a sua força. Estando muito próximo da morte, já com os inimigos correndo em sua direção para o golpe fatal, o salmista clama a Deus que se apresse, que venha logo (NVI) livrá-lo. Quase podemos ouvir os gritos do salmista dirigidos a Deus aumentando à medida que os inimigos estão mais e mais próximos: “Livra-me da espada do bando de malfeitores! Livra-me dos dentes e unhas dos cães! Livra-me da boca do leão! Livra-me do chifre dos búfalos!”

 

 

.  .  .

 

 E tu me respondeste (NVI)

(sim, tu me respondes – ARA)

 

No último momento, quando aparentemente não mais havia solução e o salmista seria contado entre os mortos, Deus de alguma maneira maravilhosa respondeu a sua oração! Temos aqui o testemunho de alguém que viveu uma situação extrema e em seu momento mais agudo foi ouvido por Deus e escreveu-nos para deixar o seu exemplo de clamor, fidelidade de socorro de Deus.

 

 

3ª Parte (22-26) – O salmista louva o Senhor e comemora o livramento junto com a família da fé.

 

 

22 A meus irmãos declararei o teu nome;

cantar-te-ei louvores no meio da congregação;

23 vós que temeis o SENHOR, louvai-o;

glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó;

reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel.

 

Como também é comum nos salmos de lamento, temos aqui um compromisso público do salmista de louvar o nome do Senhor que o livrou. A expressão do salmista mudou radicalmente. O que era tristeza, desespero e abandono se transformou no mais expressivo louvor. Um louvor que seria prestado não no recôndito do quarto, mas “no meio da congregação”. O salmista atribui importância à comunidade da fé na comemoração/louvor que faria pela sua vitória. Era fundamental para ele que a família da fé se alegrasse com ele e aprendesse com o seu testemunho público. No verso 22 temos um (duplo) voto pessoal de louvor (declararei seu nome, cantar-te-ei louvores). No verso 23 o salmista convida aqueles que temem a Deus, bem como a descendência de Jacó e a posteridade de Israel a que se juntem a ele em seu louvor (louvai-o, glorificai-o, reverenciai-o).

 

24 Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito,

nem ocultou dele o rosto,

mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro.

25 De ti vem o meu louvor na grande congregação;

cumprirei os meus votos na presença dos que o temem.

26 Os sofredores hão de comer e fartar-se;

louvarão o SENHOR os que o buscam.

Viva para sempre o vosso coração.

 

Quais são os motivos para tamanho compromisso de louvor, adoração e gratidão junto à família da fé? O verso 24 responde: Deus não desprezou, não abominou, não ocultou, mas ouviu! Contraste-se isso com os primeiros versos (1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? / Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? / 2 Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; / também de noite, porém não tenho sossego.)

 

No verso 25 temos mais um comprometimento do salmista de cumprir seus votos e de fazê-lo publicamente. Vê-se também o reconhecimento de que a origem do seu louvor é o próprio Deus. É aqui que encontramos qual seria parte do cumprimento deste voto (v. 26): Davi ofereceria uma oferta de gratidão ao Senhor. Essa oferta é chamada de sacrifício pacífico em Levítico 3. Alguém faz um voto ao Senhor no qual se compromete a apresentar uma refeição diante de Deus e todas as pessoas da comunidade que estiverem puras podem participar. A Bíblia NVI traduz como oferta de comunhão.

 

4ª Parte (27-31) – A angústia, o livramento, o testemunho e o louvor do povo de Deus reunido causarão a conversão dos confins da terra.

 

27 Lembrar-se-ão do SENHOR

e a ele se converterão os confins da terra;

perante ele se prostrarão todas as famílias das nações.

28 Pois do SENHOR é o reino,

é ele quem governa as nações.

29 Todos os opulentos da terra hão de comer e adorar,

e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele,

até aquele que não pode preservar a própria vida.

30 A posteridade o servirá;

falar-se-á do Senhor à geração vindoura.

31 Hão de vir anunciar a justiça dele;

ao povo que há de nascer, contarão que foi ele quem o fez.

 

O tema que demos a essa lição, “Sofrimento, Salvação, Louvor e Evangelização”, se esclarece aqui. O que o salmista diz é que os atos de Deus em prol do seu povo (e do seu servo) sofredor e o louvor deste povo em reconhecimento da bondade de Deus, causarão impacto mundial, a tal ponto que os confins da terra e todas as famílias das nações (tema da aliança) hão de lembrar-se do Senhor, converter-se e prostrar-se perante Ele. O resultado do clamor do salmista e da salvação de Deus será conversões ao redor do mundo. Por quê? Porque o reino pertence ao Senhor e é Ele quem governa as nações. Ricos (opulentos), moribundos (os que descem ao pó e aqueles que não podem preservar a própria vida) e os que ainda vão nascer (a posteridade) vão comer, adorar, prostrar e servir. A geração vindoura ouvirá sobre os livramentos do Senhor e aqueles que vão nascer (por terem ouvido e se convertido) contarão que foi Ele quem o fez.

 

Conclusões e Aplicações

 

  • Como você resolve os seus problemas? A quem você recorre? O salmista se sentia abandonado, desprezado e cercado. A situação estava chegando em sua mais drástica possibilidade e a vida do salmista estava prestes a ser tirada. Ainda assim, houve confiança para orar, falar intensamente com Deus em oração, e o Senhor respondeu a sua oração. O Salmo está registrado para que isto seja exemplo para nós nas nossas situações mais adversas. Busque o Senhor. Se não há mais saída, se há tristeza e abandono, busque o Senhor. E lembre-se nada te impede de perguntar: por quê? Deus quer que falemos com a sinceridade mais cristalina possível. E é especialmente estas orações sinceras que Deus responde de forma muito especial.
  • E quando o Senhor responder não deixe de também seguir o exemplo do salmista. Comemore o livramento louvando ao Senhor com o povo de Deus. Faça um culto de gratidão, celebre e convoque toda comunidade da fé para adorar junto com você.
  • E que isto seja uma grande oportunidade de testemunho. Conte as bênçãos para as pessoas que não conhecem o Senhor. Aprendamos com o salmista como sair da tristeza para a evangelização.

 

  • Por fim, o mais importante: não é sem motivo que Jesus usou este Salmo em seus momentos mais extremos, na cruz. Fez para dar-nos exemplo do nosso direito/dever de clamar a Deus nas situações adversas, quando sentimo-nos abandonados, desamparados e sem socorro da parte de Deus. Mas, ainda mais importante do que isso, este salmo que mostra um caminho que começa no sofrimento e termina na salvação dos confins da terra é um resumo esplêndido da obra de salvação de Cristo por nós! Jesus cumpriu os detalhes deste salmo para que nós (veja o quadro abaixo), confins da terra e famílias das nações pudéssemos receber os frutos de seus sofrimentos. Desta forma, podemos chamar este salmo de messiânico, um salmo que muito tempo antes do nascimento (encarnação) de Jesus Cristo, já falava com detalhes sobre seu sofrimento extremo e o fruto deste. Cristo passou pelo sofrimento previsto neste salmo em todos os seus detalhes e ardor, para que nós, confins da terra, creiamos nele e por ele sejamos salvos do pecado, nossa maior causa de angústia e sofrimento. O sofrimento de Cristo tornou possível o nosso louvor. A morte de Cristo tornou real a nossa salvação. O exemplo de Cristo fez ser possível sofrer nesta vida e saber que todo o nosso sofrimento redundará em louvor Àquele que faz tudo em todos.

 

Jesus cumpriu o Salmo 22

Salmo 22.1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? Mateus 27.46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Salmo 22.7-8 Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: 8 Confiou no SENHOR! Livre -o ele; salve -o, pois nele tem prazer. Mateus 27.39 Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.

Lucas 23.35-29 O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. 36 Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: 37 Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. 38 Também sobre ele estava esta epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.

Salmo 22.15 Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte. João 19.28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!
Salmo 22.18 Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes. Mateus 27.35 Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte.

João 19.24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá–para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados.

Salmo 22.21 …sim, tu me respondes. Lucas 22:43 Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava.

Hebreus 5:7 Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade,

Salmo 22.22 A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação; Hebreus 2.10-12 Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. 11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12 dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
Salmo 22.23 vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai -o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai -o, vós todos, posteridade de Israel. Apocalipse 19.5-6 Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes. 6 Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.
Salmo 22.28 Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações. Apocalipse 11.15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.

 

 

Oração: Senhor Deus, somos gratos a Ti porque temos a quem clamar quando as coisas não vão bem. Somos gratos porque temos liberdade de expressão diante de Ti para falar quando estamos nos sentindo abandonados e aflitos e também para perguntar ‘por quê’. Obrigado, pois Tu te revelas como o Deus dos aflitos que ouve as nossas orações, especialmente quando estamos em momentos de angústia, Tu nos alivias. Acima de tudo, queremos te agradecer pelo sacrifício de Cristo. Ele sofreu o extremo para nos aproximar de Ti. Ele foi cuspido, humilhado, perseguido e morto e com a morte dele possibilitou a nossa vida. Com seu sofrimento Jesus possibilitou o nosso louvor. Seja louvado o Teu santo nome. Agrada-te de nós. Em nome de Jesus, aquele que morreu pelos nossos pecados. Amém.

 

 

Leituras Sugeridas para a Semana

 

Todas as leituras sugeridas para esta semana são salmos individuais lamentos (outro tipo que existe nos salmos são os lamentos comunitários. Tente detectar a estrutura: “endereço, queixa, petição, motivação, voto de oferta, certeza de ser ouvido” em cada um dos salmos. Estes salmos formam uma moldura de lamento ao Salmo 8, que é um Salmo de Louvor.

 

1º Dia – Salmo 3: Em meio à perseguição, vergonha pública e motivos para depressão, Deus era para Davi o seu escudo, sua glória e Aquele que o fazia andar de cabeça erguida.

2º Dia – Salmo 4: Santidade, livramento, confiança e sono tranqüilo.

3º Dia – Salmo 5: Destruição aos ímpios, benevolência aos que temem o Senhor.

4º Dia – Salmo 6: Um pecador sofre as conseqüências de seu pecado e clama pela misericórdia de Deus.

5º Dia – Salmo 7: Um inocente clama pela intervenção de Deus e se compromete a louvá-lo.

6º Dia – Salmo 9: Louvor e Lamento.

7º Dia – Salmo 10: Lamento dirigido a Deus pedindo justiça contra os ímpios.

8º Dia – Salmo 11: Fogo e enxofre aos perversos, contemplação da face de Deus aos retos.

9º Dia – Salmo 12: Além clama por socorro; Deus responde audivelmente: louvor pelas palavras de Deus e confiança.

10º Dia – Salmo 13: Lamento de quem sente que a salvação se demora, mas confia em Deus.

 

 

Textos Sugeridos para a Semana

 

 

1º Dia

Salmo de Davi, quando fugia de Absalão, seu Filho. (2Samuel 15.13 a 17.22)

Salmo 3.1-8 SENHOR, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim. 2 São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele. 3 Porém tu, SENHOR, és o meu escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha cabeça. 4 Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu santo monte me responde. 5 Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta. 6 Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados. 7 Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes. 8 Do SENHOR é a salvação, e sobre o teu povo, a tua bênção.

 

 

2º Dia

Salmo 4.1-8 Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. 2 Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira? 3 Sabei, porém, que o SENHOR distingue para si o piedoso; o SENHOR me ouve quando eu clamo por ele. 4 Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai. 5 Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no SENHOR. 6 Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto. 7 Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho. 8 Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro.

 

 

3º Dia

Salmo 5.1-12 Dá ouvidos, SENHOR, às minhas palavras e acode ao meu gemido. 2 Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro. 3 De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. 4 Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal. 5 Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniqüidade. 6 Tu destróis os que proferem mentira; o SENHOR abomina ao sanguinário e ao fraudulento; 7 porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor. 8 SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim o teu caminho; 9 pois não têm eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam. 10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios planos. Rejeita-os por causa de suas muitas transgressões, pois se rebelaram contra ti. 11 Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. 12 Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência.

 

 

4º Dia

Salmo 6.1-10 SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. 2 Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão abalados. 3 Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, SENHOR, até quando? 4 Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça. 5 Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor? 6 Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. 7 Meus olhos, de mágoa, se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários. 8 Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o SENHOR ouviu a voz do meu lamento; 9 o SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha oração. 10 Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame.

 

 

5º Dia

Confissão de Davi quando ele cantou ao Senhor acerca de Cuxe, o bejamita.

Salmo 7.1-17 SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me; 2 para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre. 3 SENHOR, meu Deus, se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniqüidade, 4 se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia, 5 persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha glória. 6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste. 7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas. 8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim. 9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus. 10 Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração. 11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias. 12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; 13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas. 14 Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira. 15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz. 16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência. 17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.

 

 

6º Dia

Salmo 9.1-20 Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. 2 Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores. 3 Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; 4 porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente. 5 Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome. 6 Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu. 7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. 8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão. 9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. 10 Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam. 11 Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos. 12 Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.

13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14 para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação. 15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé. 16 Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos. 17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus. 18 Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. 19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. 20 Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.

 

 

7º Dia

Salmo 10.1-18 Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação? 2 Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram. 3 Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma, o avarento maldiz o SENHOR e blasfema contra ele. 4 O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações. 5 São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza. 6 Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá. 7 A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade. 8 Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado. 9 Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia. 10 Abaixa-se, rasteja; em seu poder, lhe caem os necessitados. 11 Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca. 12 Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres. 13 Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não se importa? 14 Tu, porém, o tens visto, porque atentas aos trabalhos e à dor, para que os possas tomar em tuas mãos. A ti se entrega o desamparado; tu tens sido o defensor do órfão. 15 Quebranta o braço do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares. 16 O SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações. 17 Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás, 18 para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror.

 

 

8º Dia

Salmo 11.1-7 No SENHOR me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? 2 Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração. 3 Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? 4 O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. 5 O SENHOR põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. 7 Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.

 

 

9º Dia

Salmo 12.1-8 Socorro, SENHOR! Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens. 2 Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido. 3 Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente, 4 pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós? 5 Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira. 6 As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes. 7 Sim, SENHOR, tu nos guardarás; desta geração nos livrarás para sempre. 8 Por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada.

 

 

10º Dia

Salmo 13.1-6 Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? 2 Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo? 3 Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; 4 para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar. 5 No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. 6 Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.

Criado por
João Paulo Thomaz de Aquino
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