1Co 12:1 Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Nosso Deus é muito diferente dos ídolos mudos. Os ídolos, ou imagens, não podem se expressar, não podem ouvir e não podem falar. Deus, por outro lado, deseja se relaciona com seu povo e por isso fala com seus filhos. Embora muitas pessoas se expressem equivocadamente quando dizem: “Deus me falou isso…”, ou “Deus falou comigo assim…”, quando apenas tiveram um pensamento sobre algo espiritual (e nesse caso Deus não falou nada), a verdade de que Deus fala não pode ser anulada.
Heb 1:1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo;
O fato é que Deus fala conosco, mas precisamos estar atentos para ouvi-lo.
Matias e Paulo
Act 1:26 Então tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Matias; assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos.
Depois que Jesus subiu aos céus, seus discípulos se reuniram em Jerusalém para aguardar a promessa do Pai. Como um dos doze havia morrido
(Judas), eles decidiram escolher um substituto, baseados apenas no entendimento que tinham sobre o Salmos 69:25 e 109:8. Deus, porém, não mandou que fizessem isso. Eles não ouviram a Deus para tomar essa decisão. Por certo que eles oraram, mas escolheram Mathias “na sorte”, esprando que nesse resultado estivesse a vontade de Deus.
Resultado: Alguém já ouviu falar do ministério de Matias? (Isso não quer dizer que Matias não tenha sido um homem de Deus, mas o fato é que não houve fruto relevante nessa escolha).
No entanto, após a vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, uma mudança fundamental aconteceu na vida dos discípulos. Eles foram vivificados pelo poder de Deus, nasceram de novo e passaram a se beneficiar da grande salvação conquistada por Cristo na cruz. Eles foram reconciliados e caíram todas as barreira de separação entre eles e o Criador celestial. Ele podia ouvir a Deus por meio do Espírito Santo.
Um novo fato aconteceu em At 13:1-3, que mostra quão substancialmente mudou o relacionamento entre os discípulos e seu Senhor exaltado.
Act 13:1-3 Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo. Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram.
Paulo e Barnabé foram escolhidos num ambiente de oração e jejum, onde os profetas e mestres procuraram ouvir a Deus. O texto registra que durante esse período o Espírito Santo disse: “Separai-me a Barnabé e a Saulo”. Não foi necessário lançar sorte. O caso estava resolvido: Deus falou por meio do seu Espírito.
Resultado: Alguém já ouviu falar do ministério de Paulo? Esse homem teve alguma importância para a Igreja e para a obra do Senhor? Certamente que sim. Por meio dele a Reino de Deus se espalhou por todo Império Romano.
Deus está sempre pronto a falar e orientar a sua Igreja, mas estamos atentos para ouvir!
Se quisermos quer nossas vidas e nossos ministérios produzam fruto relevante precisamos dedicar tempo para Deus:
- Quando precisamos de uma orientação para resolver uma questão familiar,
- Quando necessitamos de uma direção para vida profissional,
- Quando vamos dar um conselho a um discípulo,
- Quando vamos preparar uma reunião de Igreja,
- Quando vamos emitir uma opinião sobre um assunto,
Precisamos saber o que é que Deus quer, o que Ele tem a dizer sobre o assunto. Precisamos ouvir a Deus! Não podemos correr o risco de dar uma orientação a alguém sem antes ouvir a Deus. Se não dependermos dele, nossas palavras podem causar mais dano do que benefício. Não é apenas uma questão de analisar a situação e emitir uma opinião sábia a respeito do assunto, mas de ouvir a Deus e encontrar o que Ele quer. (na verdade precisamos também ajudar o discípulo a ouvir a Deus).
Numa reunião da Igreja, não podemos simplesmente explicar corretamente um texto da bíblico com todo os passos de Exegese. Precisamos buscar a Deus e descobrir o que ele quer falar comunicar ao povo. Ele pode nos dar uma palavra viva, ou nos dar uma forma eficaz de conduzir os irmãos a um tempo de adoração, ou ainda indicar onde se deve evangelizar.
Não há limites para o Senhor. Precisamos, no entanto, ouvi-lo, pois ele é o Deus que fala com seu povo.