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A Força da Igreja Primitiva

Estudando o livro de Atos, encontramos a Igreja em início de jornada. Perfeitamente equipada para atravessar os séculos, tal como um viajante que se prepara para uma grande jornada com todos seus suprimentos e equipamentos na bagagem. A atividade da Igreja era intensa, muitas pessoas se convertiam ao Senhor, eram curadas e libertas. Isso nos leva a pensar sobre o que havia de especial naqueles irmãos. O que tornava a igreja daquela época tão eficiente e poderosa? É certo que todos estavam cheios do Espírito Santo, mas será que havia algo que permitia ao Espírito agir e operar com mais eficácia através deles?

Atos 2:42-43 e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.

Dentre as características de nossos primeiros irmãos, o texto acima nos apresenta 5 principais, que cada um deles tinha e que todos nós deveríamos ter também. Quatro delas são caracterizadas pela palavra “perseveravam” (proskarterontes em grego), que traz o sentido de ser persistente, empregar tempo e atenção:

Perseveravam na doutrina dos apóstolos: doutrina significa ensino. Essa foi uma marca do ministério de Jesus com Mestre e, depois dele, os apóstolos continuaram a fundamentar a Igreja segundo o que receberam. Um resumo da doutrina de Jesus pode ser visto nos capítulos 5 a 7 de Mateus, trecho que mostra cimo deve ser a vida de uma pessoa no reino de Deus. Os ensinamentos de Jesus alicerçavam a doutrina dos apóstolos e formavam a base para a vida dos discípulos. Esse é o fundamento dos apóstolos e profetas sobre o qual a igreja é edificada, conforme Ef 2:19-20. É necessário que a Igreja se mantenha nesse fundamento para que não se desvie e perca a sua essência.

Perseveravam na comunhão: a comunhão cristã significa partilhar com outros irmãos a nossa união com Cristo. É muito mais do que estar juntos. É viver ligados a um mesmo corpo, sob o comando de um mesmo Senhor. Perseverar na comunhão é se empenhar em desenvolver relacionamentos com irmãos na fé para serviço e edificação. Nem todo ajuntamento é comunhão, mas se abrirmos espaço para o Espírito Santo, para a edificação, para repartimos algo de Deus, estaremos perseverando na comunhão. (1Jo1:3)

Perseveravam no partir do pão: embora o texto não deixe claro se esse “partir do pão” se referia a ceia do Senhor ou as refeições, acredita-se que a Igreja seguia as orientações de Jesus em sua última ceia e repartia o pão e o vinho sempre que se reunia, mesmo em ocasiões singelas como uma simples refeição. Essa prática trazia à memória a obra de Jesus e a esperança do seu retorno, reavivando a fé na obra de Cristo, no seu grande amor, na sua morte e na sua ressurreição. Tal como aconteceu com os no caminho de Emaús (Lc24:30-32), isso era uma fonte de grande esperança para a Igreja.

Perseveravam nas orações: as orações eram as armas mais poderosas da Igreja. Mais do que orar para que Deus abençoasse isso ou aquilo, a Igreja orava para o avanço do Reino com poder espiritual. As mãos de Deus se moviam acompanhando as orações da Igreja, trazendo livramentos, direção e concedendo poder. Como resultado das orações, muitas pessoas se convertiam e muitos sinais eram feitos palas mãos dos apóstolos. Isso mostra que havia uma profunda dependência de Deus e que nada era feito sem oração.

Em cada um havia temor a Deus: a realidade da presença de Deus entre eles sinalizava a cada um que tivesse cuidado e se portasse com honra e respeito, pois Deus é zeloso, santo e não tolera o pecado.

Essas cinco colunas representavam a força da Igreja primitiva em sua missão de levar a fé em Cristo até os confins da terra. No entanto, eles não estão restritos ao tempo e época da Igreja original. Se aplicarmos esses princípios em nossas vidas e em nossas comunidades, certamente veremos surgir o povo forte e santo que que o Senhor deseja para avançar com sua obra.

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Criado por
Ricardo Meneghelli
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