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Aleluia!

17/11/2016 by João Paulo Thomaz de Aquino

Painting

“Com os olhos fechados em oração, pessoas levantam as mãos, expressando súplica e ação de graças ao Deus Todo Poderoso como a verdadeira virtude de todos os seres humanos”, diz o pintor ganês Yusuf Seidu Okus. Ele trabalha com uma paleta vívida que transmite a idéia da profundidade de sua devoção. “Essa obra foi inspirada em um sonho de tive e pela minha crença nas orações por meio de louvor e adoração… Há poder na oração”.

Há algum tempo atrás, ouvi a história de um missionário americano que trabalha evangelizando e pregando em uma cadeia de segurança máxima e que costuma a entrar no pavilhão gritando: “Luia! Luia!” Ao ouvi-lo, os presos começam a responder com entusiasmo: “Luia! Luia!” E assim, começa uma grande gritaria antes que todos se aquietem para ouvir a pregação da Palavra.

A palavra aleluia é uma das mais queridas do vocabulário cristão. Curiosamente, a palavra aparece em apenas dois livros bíblicos: Salmos e Apocalipse. Aleluia é a versão em português da expressão hebraica “הַלְלוּ־יָהּ” (halelu-yah). No grego a palavra é escrita assim: ἁλληλουϊά. A versão hebraica é a junção do verbo halal, que significa “louve, elogie, celebre, sinta orgulho de” anexada a uma versão diminuída do nome próprio de Deus, Yahweh, que aparece como Yah. O verbo no hebraico aparece no imperativo e no aspecto piel, uma forma intensiva dos verbos hebraicos.

O resultado, portanto, é que aleluia é uma ordem e um convite a todos que significa “Louve [elogie, celebre, sinta orgulho de] Yah[weh]”. Nos Salmos, aleluia tem os seguintes motivos: a destruição dos ímpios (Sl 104.35); a fidelidade de Deus (Sl 105.45; 106.1, 48; 113.9; 117.2; 147.20; 148.14); a fidelidade do seu povo (Sl 112.1); o reino de Deus (146.10). Todos são conclamados para louvar Yahweh: os servos do Senhor (Sl 135.1); os seres celestiais (Sl 148.1); a assembleia dos fiéis (Sl 149.1) e todo o ser que respira (150.6). É evidente que se considerarmos todas as vezes que o verbo Halal (louvar) aparece sem o “Yah” e o conteúdo completo desses Salmos, essas listas ficarão ainda maior!

E no Novo Testamento? O livro de Apocalipse é em certo sentido o saltério do Novo Testamento. Nenhum outro livro neotestamentário apresenta tantos cânticos, hinos e louvor a Deus. Bem no final do livro temos a descrição do louvor a Deus por causa da destruição da Babilônia:

19.1 Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: “Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, 2 porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servo.” 3 Segunda vez disseram: “Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos século.” 4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: “Amém! Aleluia!” 5 Saiu uma voz do trono, exclamando: “Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.” 6 Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: “Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. 7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, 8  pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro.” Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.

Esse texto mostra uma antífona, cântico em que pessoas ou grupos se revezam completando ou respondendo um ao outro. Uma numerosa multidão no céu louva a Deus pela destruição da Babilônia e celebra o fato de que sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos. Então, os vinte e quatro anciãos respondem: “Amém! Aleluia!”. Alguém no trobô, neste momento, conclama todos os servos de Deus a louvarem a Ele. A resposta, então, é que uma multidão numerosa responde com voz poderosa: Aleluia! Deus reina e em breve acontecerá o casamento do Cordeiro com a sua noiva, a igreja, o que é descrito em Apocalipse 21.

Aleluia, em Apocalipse, portanto, é um grito de celebração pela vitória definitiva de Deus e de Cristo contra os seus inimigos. Todos os cristãos se alegram profundamente porque aquela que os oprimia agora está definitivamente derrotada para todo o sempre e todos agora aguardam o casamento do Cordeiro e sua Noiva.

Tudo o que existe, existe para obedecer a convocação para louvar a Deus. Mesmo em meio à guerras e sofrimentos do Antigo Testamento, o povo de Deus sabia que havia motivos de sobra para louvar Yahweh pela sua fidelidade graciosa e amor leal. Haverá um dia e que nos ajuntaremos à multidão cantando e louvaremos ao Deus triúno pela Sua vitória final. E enquanto aguardamos, devemos sair pelo mundo convidando pessoas a clamar conosco: “Luia! Luia!”

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A Comunidade do Reino

23/06/2015 by Ricardo Meneghelli

As palavras registradas por Lucas em At 2:14-39 consistem num pequeno resumo da poderosa pregação de Pedro no dia de Pentecostes. Como resultado, muitas pessoas creram no Senhor e cada uma delas desceu às águas do batismo com arrependimento em seu coração, de forma que, “naquele dia, houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas” ao reino de Deus. Esta última declaração demonstra que, desde o início, aqueles que iam sendo salvos, não seguiam suas vidas isoladamente, mas eram agregados à vida da comunidade dos discípulos, formando juntamente com eles, o corpo de Cristo.

At 2:42-47 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham- se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.

O derramamento do Espírito marcou o surgimento de um novo povo, que vivia plenamente de acordo com a vontade de Deus. O projeto inicial do Senhor, de formar uma grande família de muitos filhos que expressasse sua vida e sua glória sobre a terra começava se realizar, impulsionado pela força irresistível do Espírito Santo. Os apóstolos começaram a ensinar “todas as coisas que o Senhor ordenou” e a Igreja recém-nascida dedicava-se a praticar as palavras do Senhor, como quem edifica uma casa sobre a rocha . Os discípulos mantinham-se unidos e desejavam estar juntos, frequentavam as casas uns dos outros e tomavam as refeições juntos. Amavam-se de tal modo que entre eles não havia necessitados, pois vendiam suas propriedades e bens e supriam as necessidades uns dos outros. As orações e a proclamação do evangelho continuavam diariamente e os que iam sendo salvos eram acrescentados à vida da comunidade desfrutando em conjunto da graça, da harmonia e da beleza de ser Igreja do Senhor.

A vida diária dos discípulos sofreu grande transformação após serem batizados no Espírito Santo. A medida que os dias se passavam, muitos ensinamentos e palavras de Jesus, como “nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai”, “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” e também “Naquele dia compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês” , começavam a ganhar real significado e uma crescente consciência de que Deus habitava neles e não mais no Templo, foi tomando conta da comunidade e cada vez menos dependiam da rotina judaicas para a adoração, compreendendo que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas” . O Templo dos Judeus, por ser um local amplo e público, deixou de ser usado para adoração e tornou-se um excelente ponto de encontro para os discípulos e um solo fértil para proclamação do evangelho.

At 3:1 Certo dia Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde.

At 5:12-16 Os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas entre o povo. Todos os que creram costumavam reunir-se no Pórtico de Salomão. Dos demais, ninguém ousava juntar-se a eles, embora o povo os tivesse em alto conceito. Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor e lhes eram acrescentados, de modo que o povo também levava os doentes às ruas e os colocava em camas e macas, para que pelo menos a sombra de Pedro se projetasse sobre alguns, enquanto ele passava. Afluíam também multidões das cidades próximas a Jerusalém, trazendo seus doentes e os que eram atormentados por espíritos imundos; e todos eram curados.

At 5:42 Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.

As casas dos irmãos, porém, tornaram-se o centro da adoração, da vida e da comunhão dos discípulos. Casas simples, sem nenhuma especialidade, sendo preferidas, talvez, as mais espaçosas. Várias delas se tornaram conhecidos locais de reunião e oração, para onde muitos se dirigiam, tal como Pedro, que após ser milagrosamente liberto da prisão “dirigiu à casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muita gente se havia reunido e estava orando” . Na intimidade dos lares, uma nova forma de culto e adoração ao Senhor começou a se desenvolver, com alegria, simplicidade e devoção. Não havia rituais, nem sacerdotes, nem sacrifícios. Os que estavam reunidos oravam intensamente, relembravam e memorizavam os ensinamentos do Senhor e havia plena consciência da presença de Jesus entre eles. À medida que a adoração prosseguia, o Espírito Santo condia profecias, revelações, hinos e cânticos espirituais .

A transição do Templo para as casas aconteceu de maneira muito semelhante ao surgimento das sinagogas na época do exílio, mas por motivos muito diferentes. Diferente dos exilados, a Igreja não adotou as casas não porque o Templo lhe fora suprimido, mas por que este já não fazia mais sentido para ela como local de adoração.

Desse modo, equipada e preparada, a Igreja começou a atravessar as décadas cheia do Poder de Deus, Perseverando em sua palavra e vivendo um tipo de vida que somente aqueles que tinham andado com Jesus poderiam demonstrar. A simplicidade e a profundidade da vida cristã da Igreja Primitiva deve servir de fonte de inspiração e esperança para nós, que vivemos numa época de tantas contradições, escândalos, apostasia. Sejamos simples. Sejamos intensos sejamos cheios da vida de Cristo. Sejamos Cristãos!

Recursos Logos Utilizados

Keener, C. S. (2012–2013). Acts: An Exegetical Commentary & 2: Introduction and 1:1–14:28 (Vol. 1). Grand Rapids, MI: Baker Academic.

Segler, F., & Bradley, R. (2006). Christian worship: its theology and practice, third edition. Nashville: B&H.

 

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Videos Tutoriais do Logos

10/04/2015 by klaitonsilva

Um dia desses a esposa de um pastor amigo meu postou uma foto no Facebook com diversas bíblias abertas sobre uma cama. Ela escreveu algo como “meu marido se preparando para mais um sermão”. Isso me mostra que temos muito trabalho ainda a fazer para tornar conhecida uma ferramenta que pode facilitar imensamente um trabalho de exegese e a preparação de um sermão. Mas precisamos observar também que nem todos conseguem usar o Software Bíblico Logos intuitivamente na primeira “sentada”. Em materia de conteúdos digitais, o que é intuitivo para um seminarista nos dias de hoje, pode não ser para um pastor que está nos últimos anos do seu ministério. Talvez, mesmo que a esposa do meu amigo pastor o presenteie com um dos pacotes Logos, ele vá precisar de algum tipo de treinamento para esclarecer algumas dúvidas que possam surgir.

Com o crescimento do Logos no mundo de língua portuguesa vem também a necessidade de treinamento. E eu gostaria de apresentar aos usuários do Logos Blog Rev. Nielsen Tomazini. Nielsen é mais que um entusiasta do Logos. A sua iniciativa em criar videos tutoriais sobre a maior ferramenta de estudo bíblico que existe o torna uma autoridade em Logos no Brasil. Eu convido você a acompanhar os posts dele aqui no blog toda sexta, a partir da próxima. Eu estou certo de que mesmo quem usa o Logos a bastante tempo vai aprender mais alguma coisa aqui e ali. E para quem está começando, os tutoriais serão um ótimo curso. Aqui vai um breve “bio” do Nielsen.

Um abraço e um fim de semana abençoado a todos!

Nielsen Tomazini é Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Atualmente é pastor na Igreja Presbiteriana de Limeira-SP em tempo parcial. Trabalha também na Luz Para o Caminho que faz parte do ministério do Back to God Ministries International e é coordenador pedagógico do curso Téleios Online da Igreja Presbiteriana Chácara Primavera em Campinas-SP.

Nielsen é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul e mestre em Antigo Testamento pelo Calvin Theological Seminary.

Ele tem 42 anos e é casado com Pricila Papini Tomazini – eles ainda não têm filhos.

Nielsen Tomazini

 

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A Força da Igreja Primitiva

10/11/2014 by Ricardo Meneghelli

Estudando o livro de Atos, encontramos a Igreja em início de jornada. Perfeitamente equipada para atravessar os séculos, tal como um viajante que se prepara para uma grande jornada com todos seus suprimentos e equipamentos na bagagem. A atividade da Igreja era intensa, muitas pessoas se convertiam ao Senhor, eram curadas e libertas. Isso nos leva a pensar sobre o que havia de especial naqueles irmãos. O que tornava a igreja daquela época tão eficiente e poderosa? É certo que todos estavam cheios do Espírito Santo, mas será que havia algo que permitia ao Espírito agir e operar com mais eficácia através deles?

Atos 2:42-43 e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. [Read more…]

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